domingo, 29 de novembro de 2009

Petralhas, tremei!



Aqui está ele. O Belzebu, o cão chupando manga, a dor de cotovelo do Lulla: FHC.

Falando sério agora, presto mais um serviço de utilidade pública, mérito da revista VEJA on-line na verdade. Uma entrevista em 15 partes com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Como vocês já devem ter notado estou preguiçoso pra caramba e não quero ficar escrevendo muito. É mais fácil vocês acessarem a entrevista e o que o entrevistador Augusto Nunes escreveu nos comentários dele.

Só pra não passar muito batido vou comentar umas coisas:

1- CONTROLE DA INFLAÇÃO

Na parte 1 eles falam sobre o controle da inflação, comentam algo sobre gastos públicos, etc, mas como sempre não é explicitado que a inflação é derivada de impressão de papel-moeda do governo que por um desequilíbrio de fluxo de caixa, apela pra este ardil pra se sustentar.

Contudo, em 4:10 da segunda parte da entrevista, FHC fala claramente que antes o governo emitia dinheiro pra cobrir seus gastos e que aquilo não podia ser mais realizado, tanto que eles fizeram a Lei da Responsabilidade Fiscal para coibir o gasto desmesurado.

2 - A POSTURA DO PT QUANDO OPOSIÇÃO

Esta foi ótima. O PT votou contra tudo que beneficiou o país. Foi contra o plano Real, contra a lei de Responsabilidade Fiscal, contra os programas assistenciais, TUDO, O PT FOI CONTRA TUDO QUE HOJE BENEFICIA O PAÍS.

FHC narra a preocupação de José Dirceu e Lula com o plano Real, mais ou menos com essas palavras (cito de cabeça):

FHC: "Eles tinham medo que o plano desse certo e que com isso o PT perdesse as próximas eleições. Era uma preocupação eleitoreira."

Augusto Nunes: "Para eles era quanto pior, melhor."

Trocando em miúdos: os petistas são um bando de fdp que só pensam neles mesmos.
A entrevista é impecável, FHC desmonta os pretensos argumentos ideológicos e outras tantas coisas. Assistam.

ps: link para os comentários do Augusto Nunes

http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/secao/o-pais-quer-saber/

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Eis a entrevista




Está aí a primeira parte da entrevista com o RA. Quem quiser assistir está nos links a parte 2 e 3. Como eu havia dito no programa do Jô não dá pra aprofundar muito em algumas questões, ficou algo assim mezzo a mezzo.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Aos navegantes...que têm parabólica

Pensando bem, fica mais fácil ver no youtube depois. É que hoje à noite tem entrevista do Reinaldo Azevedo no Jô Soares. O gordinho não vai além da superficialidade nas suas perguntas, mas de toda forma se alguém estiver acordado até altas horas acho que vale a pena sim conferir a entrevista.

Falei para os que têm parabólica pois aqui no MS fica melhor de assistir programas que passam tarde, só que atualmente tem que ser pela parabólica pois daí ganha-se uma hora em relaçao ao horário de Brasília. Exemplo: o programa do Jô vai começar por volta das 11 horas da noite na parabólica e na TV aberta só inicia pela meia-noite. Isso só vale para nós daqui do MS.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A vaca sagrada do reino vegetal


Um indiano que viesse ao Brasil com certeza se chocaria ao ver o destino dos bovinos daqui. Se ele fosse à um frigorífico provavelmente diria: “Vocês levarão esses pobres animais à extinção. Dia após dia vocês os abatem aqui.”. O indiano imaginário estaria correto se por trás desse abate não tivesse toda uma fase da atividade pecuária denominada de cria. Ou seja, por mais que se abatam animais, eles jamais estarão em risco de extinção, pois o interesse econômico neles, garante a sua perpétua existência.

A mesma coisa deveria se aplicar às árvores que se fazem presentes nas pastagens e em algumas lavouras do país. Quero abordar mais especificamente aqui o caso da substituição das áreas de pastagens pela cultura da cana-de-açúcar ou simplesmente das pastagens que possuem árvores em seu meio.

A legislação brasileira traz uma grande burocracia para derrubada de uma árvore e isto se dá tanto no meio urbano quanto no rural. Há algum problema na derrubada de uma árvore? Para mim não há, desde que outra seja plantada em substituição àquela que foi cortada.

A atual legislação empurra para uma situação de perde-perde, ou seja, tanto o meio ambiente perde quanto o setor produtivo também. O que vem ocorrendo é o seguinte:

1- Os proprietários ou empresas mediante a burocracia preferem derrubar estas árvores escondidos e dar fim à madeira, ou seja, em geral não a aproveitam, o que poderia gerar renda para a economia local, mediante o uso da madeira para lenha ou para cercas, etc.

2- Estas árvores dispersas não ajudam em muita coisa o ambiente para a fauna, mais eficiente seria se estivessem plantadas continuamente, em reservas. De quebra, se um proprietário resolve ao invés de derrubar uma árvore madura apta ao corte, comprar madeira numa madeireira, poderá estar aumentando a pressão sob a própria floresta amazônica, pois é de lá que ainda vem boa parte da madeira de lei usada no país.

Há ainda um aspecto de entendimento de propriedade privada. As áreas de reserva legal e de preservação permanente poderiam sim ser submetidas à um crivo de impedimento de uso, mas de maneira nenhuma as demais áreas da propriedade. Ou seja, se um proprietário quiser cortar quantas árvores quiser na área da propriedade que está desobstruída para uso, deveria ser livre para fazer isso.

Maior bem ao meio ambiente e ao planeta fariam os ambientalistas se atentassem para a implantação de curvas de nível e para o manejo de pastagem que impedisse a degradação da mesma e concomitantemente do solo. Ou então que viabilizassem viveiros de mudas para serem plantadas nas fazendas.
O Brasil foi um dos países que menos desmatou no mundo. Segundo dados da EMBRAPA a Europa, sem a Rússia, detinha mais de 7% das florestas do planeta e hoje tem apenas 0,1%. A África possuía quase 11% e agora tem 3,4%. A Ásia que já deteve 23,6% das florestas mundiais, agora possui 5,5% e segue desmatando. O Brasil que possuía 9,8% , hoje possui 28,3% da área florestal do globo. Isto a despeito de toda a imagem de desmatador que o país enfrenta atualmente.

Nossa legislação ambiental precisa de alterações, sem dúvida. Ao pé da letra não deveriam ser plantadas bananas nos morros do litoral paulista, nem café em Minas, nem criar gado no Pantanal. Arroz no brejo então, negativo. Quem mais perde com a manutenção da lei atual é o cidadão comum, consumidor de alimentos.

Para pecuária, a arborização é benéfica, mas isto não pode se tornar um impeditivo para a mudança da atividade para outros tipos de cultura, seja de grãos ou da cana. Penso que tornar o replantio de árvores algo lucrativo seria a melhor maneira de se perpetuar a existência das mesmas. Embora a produção de celulose, lenha e madeira para construção civil venha se baseando em espécies como eucalipto e pinus, algumas outras espécies nativas também poderiam ser utilizadas, em especial para o setor moveleiro.

Mas meu intuito, repito, refere-se às árvores que estão em meio às pastagens. Como poderia se proceder a manutenção de espécies vegetais e desburocratizar a implantação de novas atividades agrícolas?

Penso que haveria mais de uma forma: A primeira é simplesmente desonerar o produtor rural disto, desde que ele tenha sua reserva legal e APP`s (Área de Preservação Permanente) devidamente preservadas.

A segunda seria que simplesmente para cada árvore a ser cortada, que se plantasse um número maior de árvores em outra localidade da propriedade. Poderiam ser 3, 5 ou mais árvores plantadas – para cada cortada - adjacentes à área de APP, ou em locais escolhidos pelo proprietário.

Uma outra forma é a de se plantar árvore nenhuma, mas o produtor adquirir créditos de plantio de alguma reflorestadora idônea, que se capitalizaria para sua atividade e que no futuro revertesse este crédito para o adquirente. O proprietário rural seria como um acionista da empresa, mas ele pagaria para esta empresa plantar as árvores que deveriam ter sido repostas na sua propriedade e no prazo estipulado (5, 10 ou 20 anos) recuperaria seu dinheiro em porcentagem do que seria o corte daquela árvore que ele pagou para ser plantada.

As reflorestadoras poderiam ser tanto as de eucalipto e pinus, mas que tivessem os devidos cuidados ambientais; ou de empresas madeireiras que procedem um manejo sustentável na Amazônia (sim, elas existem).

Também se houvesse maior facilidade em se utilizar madeira, mesmo que não morta e desvitalizada, que é o que a legislação permite nas áreas de reserva, seria mais fácil ocorrer o plantio de árvores, pois haveria o pensamento de que alguém da família do proprietário viesse a se beneficiar daquilo. Afinal as madeiras de lei demoram praticamente mais de 30 anos para terem um porte que justifique seu corte.

Enfim, não vou tentar esgotar as alternativas para questão. Acho que elas são várias e que necessitam de diálogo entre governo, produtores, ambientalistas e reflorestadoras. Tratar uma árvore como uma vaca sagrada é uma burrice que muitas vezes apenas dá margem para um fiscalismo ineficiente quando não corrupto. Mais do que preservá-las, temos que cultivá-las e para isso acontecer o melhor incentivo é o econômico.

Ainda o Muro e seus personagens



Coloco abaixo excertos de dois ótimos textos. Primeiro Carlos Alberto Sardenberg que enuncia os méritos de Gorbachev. O segundo, creio mais importante, é uma biografia de Ronald Reagan, traz trechos impagáveis, sobretudo o que fala sobre a opinião de alguns intelectuais da época. Vale a pena ler todo o texto do Ordem Livre.


Mikhail Gorbachev acredita que evitou uma terceira guerra mundial ao resistir aos apelos dos dirigentes comunistas que ainda consideravam possível conter as rebeliões com um banho de sangue. Uma repressão desse calibre nos países do Leste Europeu, ali ao lado das democracias ocidentais, nas quais milhões de pessoas tentariam obter refúgio, certamente criaria todas as condições para um conflito global. Compreender que a ditadura chegara ao fim, não permitir a repressão, fechar as tropas russas nos quartéis - isso foi certamente um dos maiores méritos de Gorby.




Os intelectuais rendiam-se à inevitabilidade da ascensão soviética e do declínio do Ocidente. John Kenneth Galbraith, professor de Economia, escreveu em The New Yorker (1984): “O sistema russo tem sucesso porque, em contraste com as economias industriais ocidentais, ele faz pleno uso do seu poderio humano”. Paul A. Samuelson afirmou em Economics, seu influente livro didático, que “não se pode duvidar do fato de que os sistemas de planejamento soviético têm sido um motor poderoso para o crescimento econômico”. O professor de Economia Lester Thurow saudou em 1989 “a notável performance da União Soviética”. E o historiador Arthur M. Schlesinger Jr. dizia o seguinte: “Aqueles nos EUA que pensam que a União Soviética esteja à beira de um colapso econômico e social... [estão] apenas enganando-se a si próprios”.

O Presidente Ronald Reagan provou que todos eles estavam errados.

(...)

Reagan acabou com as agressões soviéticas em curso e intensificou as pressões sobre a União Soviética, contribuindo para seu atordoante colapso. Como disse a Primeira-Ministra da Grã-Bretanha Margaret Thatcher, “Ronald Reagan venceu a Guerra Fria sem disparar um tiro”.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

20 anos da queda II - O preço da Liberdade é a eterna vigilância



Se engana quem pensa que a queda do muro de Berlim representa algo somente para os alemães ou para o povo do leste europeu. A queda do muro de Berlim representa a vitória da Humanidade sobre a opressão, sobre a escravidão mais atroz que já foi presenciada no planeta. Uma escravidão ardilosa que a princípio se dizia pelos fracos e oprimidos, que prometia um novo mundo, um novo homem, um paraíso na Terra.


As repúblicas comunistas se intitulavam "democráticas e populares". Nem uma coisa nem outra. A ignorância brasileira permite que tenhamos até um partido cujo nome é PC do B. Não haveria nada de errado em se fundar um partido nacional-socialista, ou nazista, afinal de contas os nazistas mataram bem menos do que os comunistas. É pela ignorância que um pagodeiro e uma bandeirinha de futebol integram este partido. É cômico, mas não deixa se ser um tanto trágico.

Siglas partidárias à parte, a queda do muro representa a vitória parcial - sim, parcial - da democracia, da economia de mercado, da propriedade privada e da liberdade; contudo as viúvas do muro continuam a empunhar suas bandeirolas, dissimuladamente, mas continuam.

A esquerda insiste em alardear nossos males, mas vendendo falsos remédios para eles. Estão presentes em movimentos indigenistas que pregam o ódio irrestrito aos proprietários rurais, açulando confrontos, atiçando conflitos. Buscam, como sempre, um cadáver para servir de mártir da causa.

Os bolivarianos entre nós buscam o que foi perdido no leste europeu. Para eles não bastam as mais de 100 milhões de mortes do comunismo. Eles tentam requentar o velho prato podre da bazófia socialista, célere em dividir, mas falha em produzir. E ai de quem for contra eles, os monopolistas da virtude.

Voltando às nomenclaturas; também temos por aqui nossas inversões dos sentidos das palavras. O ministério do Desenvolvimento Agrário, deveria se chamar Ministério do Subdesenvolvimento Agrário, haja visto a equivocada reforma agrária que ao insistir num modelo de produção obsoleto e inviável, só faz produzir mais pobreza no campo e de quebra também na cidade que tem que arcar com os impostos que financiam tal devaneio.

O Ministério da Igualdade Racial, deveria se chamar ministério da Desigualdade Racial, ou do Preconceito Invertido, como queiram. As entidades de Direitos Humanos, muitas vezes se parecem com Direitos dos Desumanos, ou Direitos dos Bandidos, nunca das vítimas.

Não posso deixar de me lembrar de George Orwell, que no seu magnífico "1984", anteviu ou diagnosticou este método de inversão da realidade que ocorre nos governos socialistas:

"O Ministério da Paz cuida dos assuntos de Guerra; o Ministério da Verdade trata das mentiras; o Ministério do Amor pratica tortura; e o Ministério da Pujança lida com a escassez de alimentos."

Nossos intelectuais, também com honrosas exceções, poderiam se chamar de pseudo-intelectuais. Recentemente assinaram um abaixo-assinado contra a CPI do MST. Disseram que se tratava de algo que seria contra o povo brasileiro. Mais uma inversão. Contra o povo é esta escorchante reforma agrária que já distribuiu área equivalente a três estados de São Paulo e cujas pessoas agraciadas com a terra mal conseguem sobreviver dela, apresentando baixíssimos índices de produtividade. O sistema é falho, simples assim.

Quem paga no final este custo da reforma agrária? O povo, oras, os pagadores de impostos indiretos, via aumento do custo de vida embutido nos produtos.

Não por acaso, bem pouco antes da derrocada comunista, vários intelectuais ocidentais apregoavam a superioridade do planejamento centralizado soviético. Nada mais falso, nada mais invertido.

Não se enganem com mercadores de ilusão ou bem-intencionados que nada mais são do que humanistas genocidas.

De toda forma hoje é um dia a se lembrar e comemorar, sem deixar de saber que o preço da Liberdade é a eterna vigilância.


Foto abaixo: A liberdade acima da autoridade fardada. Até o guarda da fronteira é um ser oprimido.Conrad Schurmann não resiste e foge no dia 15 de agosto de 1961, pulando a cerca divisória da cidade. Encontra a liberdade.






20 anos da queda!




Vejam bem o vídeo acima, trata-se de Ronald Reagan em 1987 discursando em frente aos portões de Brandenburgo, os portões do muro de Berlim. Dois anos depois cairia o muro da vergonha. Reagan foi um dos grandes responsáveis pela queda do comunismo. Não há como não se emocionar com suas palavras:

"Mr. Gorbachev, open this gate;
Mr. Gorbachev, TEAR DOWN THIS WALL!"