domingo, 27 de setembro de 2009

O rio Taquari e seu custo de recuperação



Há um rio no Mato Grosso do Sul que foi enterrado vivo. É uma expressão um pouco mais poética para o que é tecnicamente chamado de “assoreamento”. O rio Taquari era um dos mais piscosos do estado, fazendo parte da bacia do rio Paraguai. Hoje se pode andar por cima dele, a lâmina d’água é de poucos centímetros, com grandes bancos de areia na sua extensão. Praticamente não existem mais peixes para se pescar. Houve locais em que o rio saiu completamente da sua calha, inundando hectares de pastagens.

Muito tem se falado neste problema, nestes quase 30 anos de assoreamento, mas houve uma falta de foco objetivo na questão. Há uma proposta recente, ela pode ser viável, mas temo que despenda um elevado montante de dinheiro público. Segundo o senador Delcídio do Amaral, serão 54 milhões de reais apenas para uma parte do programa.

Farei aqui uma sugestão alternativa, praticamente sem ônus para os cofres públicos, mas primeiramente vamos entender o que levou o assoreamento do rio:

Na década de 70 os pecuaristas começaram a implantar a braquiária, um capim que proporcionava três vezes mais lotação animal do que o capim nativo, basicamente constituído de cerrado. Em algumas áreas implantou-se primeiro lavouras, em geral de soja, e depois a braquiária; em outras áreas menos aptas para agricultura procedeu-se a substituição direta pelo novo capim.

Pois bem, como os produtores de então eram um tanto desconhecedores no manejo de solo e de pastagem, cometeram alguns erros crassos. São eles:

1º Não respeitaram a mata ciliar, desmatando até o leito do rio ou muito próximo dele. Isto em muitos casos foi procedido pelos arrendatários ou pelos prestadores de serviço que queria fazer mais horas-máquina.

2º Não fizeram curvas de nível a contento.

3º Manejaram mal a pastagem, que abaixou demais, deixando o solo mais descoberto e suscetível a ação da água da chuva.

4º Para piorar o gado continuava a beber água no rio, desbarrancando as margens. Anteriormente também bebiam, mas em pontos específicos e a mata ciliar protegia de se ocorrer maior desbarrancamento.

Tudo isto e em conjunto com a estrutura de solo da região que é extremamente arenoso, acabou levando toneladas de areia para dentro do rio pela ação das chuvas.

Qual a grande dificuldade para não se resolver o problema? O custo de recuperação da mata ciliar. Simplesmente aplicar multas não resolve a questão. Elas vão para a caixa-preta estatal sumindo na sua correta destinação que seria a recuperação ecológica. Penalizar produtores já descapitalizados não vai melhorar o ambiente ecológico.

Qual a proposta de ação então? Um plano integrado de manejo tendo como mola mestre empresas de reflorestamento, preferencialmente de eucalipto, mas que também plantariam espécies nativas nas barrancas do rio. Estas empresas seriam arrendatárias da área, e o dinheiro que pagariam como renda ao dono da terra, seria permutado pela recuperação da mata ciliar, afinal elas sabem plantar árvores em grande escala, os pecuaristas muito pouco e o governo muito menos ainda.

O ideal era que se abandonasse a pecuária naquelas terras, e isto por um bom tempo. Os produtores viveriam do capital do gado vendido e da renda que sobraria do eucalipto, descontado da área a ser recuperada.

Mas vamos supor que alguns proprietários não quisessem deixar de ter seu gado e nem perder área de pecuária. O viável neste caso era que as empresas agissem exclusivamente na mata ciliar, em um primeiro momento plantando até eucalipto nestas áreas (para isso teria que se adequar a legislação que atualmente não permite isso), sendo que aos poucos iria se substituindo o eucalipto pelas espécies nativas.

Então vamos passo-a-passo:

1. Proporcionar aguadas fora do rio para os animais, podem ser constituídas de poços artesianos, moinhos de vento, ou rodas d`água onde for possível. Pode haver financiamentos facilitados para os pecuaristas procederem isto.

2. Fazer curvas de nível conforme o terreno necessitar.

3. Treinamento de produtores para que as pastagens sejam manejadas sempre deixando-se uma altura mínima de cobertura (ao redor de 30 cm), ou seja, não pode haver “pasto rapado”.

Importante:

4. Delimitar a área de mata ciliar. Por exemplo: 100 metros. No primeiro ciclo de plantio (em torno de 7 anos), as empresas plantariam 10 metros do rio de árvores nativas, e os 90 metros restantes de eucalipto. Assim seria feito sucessivamente, até que se completasse os 100 metros de mata ciliar. Lógico que estes valores estão estimados e que deveriam ser determinados pela empresa, juntamente com agentes do meio ambiente e os proprietários.

Provavelmente quando se tiver pouca área de eucalipto e mais de mata ciliar o custo para a empresa seja proibitivo. Neste caso há que se ver a possibilidade de mesclar na mesma área, árvores nativas e eucalipto. Tenho certeza que as partes envolvidas com diálogo e moderação, deixando certas amarras da legislação de lado, cumprirão o objetivo de recuperar a mata ciliar.

Com o tempo o rio recuperará sua calha, para isto acontecer ele não pode mais receber areia do solo. Pode se estudar a possibilidade de areeiras trabalharem na região, retirando a areia do que virá a se tornar a calha do rio.

A recuperação do rio tem que ser economicamente viável, se não for, sempre será difícil realizá-la, e não há incentivo melhor do que o econômico para isso.

O senador Delcídio do Amaral revelou presteza e boa vontade em se resolver a questão. Mas acontece que os pagadores de impostos não devem arcar com um ônus que não é deles. 54 milhões é uma soma considerável, e ela é apenas inicial.

Quanto se gastaria ao final do projeto? 100, 200 milhões? Não sei. O pior é que ainda poderia se gastar o dinheiro público e a obra em algum momento ficar parada como já aconteceu em muitos investimentos estatais.

Este valor que o senador Delcídio já viabilizou em Brasília poderia ser usado na melhoria das condições locais, no financiamento aos produtores, em melhorias de estradas, em postos de saúde, em escolas, creches, etc.

Volto a insistir: o rio Taquari pode ser recuperado sem que se gaste vultosas somas de dinheiro público. Basta vontade e bom senso para isso.

sábado, 26 de setembro de 2009

Petista não perde a chance de falar m...

E nem é um petista tão roxo assim. Foi o senador Delcídio Amaral, do PT daqui, o cara mais soft que eu conheço do partido. Mas como ele perdeu as eleiçoes para o André, quis tirar uma casquinha da situação.

Só explicando antes que o André é maluco mesmo. Eles coletaram outras frases dele, todas de baixo calão. Esqueceram uma que ele falou pra polícia daqui não desperdiçar bala, que era pra atirar nos bandidos mesmo. Aquela foi boa também.

Acontece que ele passa do ponto nas declarações. Além disso não é o político que a "direita" gostaria de ter, pelo menos não essa que eu conheço na Internet. O André geralmente aumenta impostos como o PT e outros fazem, só que ele administra melhor a coisa. Graças a ele nunca tivemos o PT no comando da prefeitura local, Campo Grande tornou-se outra cidade após sua administraçao na década de 90 e que continuou bem administrada pelo seu sucessor.

Aliás o atual prefeito foi pros EUA a convite dos americanos para palestrar sobre qualidade de vida urbana, ou algo assim. Campo Grande não tem favelas e apresenta bons índices nessas questões urbanas. Pensa que legal.

Se o FHC tivesse feito um bom segundo mandato nunca teríamos que aturar esta turma do PT no governo, mas eles tinham que assumir o comando só pra ficar claro pra todos quão podres são.

Mas o que o Delcídio falou? Leiam:

"...Ele é símbolo de uma elite arrogante e preconceituosa de Mato Grosso do Sul que, felizmente, já está em extinção", diz o senador Delcídio Amaral, do PT.

http://arquivoetc.blogspot.com/2009/09/grosseria-do-governador-de-mato-grosso.html

Pô, que babaquice do Delcídio. Elite arrogante e preconceituosa do MS. Primeiro que o André nem é daqui. Nascido na Itália, formou-se em medicina no Paraná, clinicou no interior do estado e pelo seu dinamismo foi apadrinhado pelo finado senador Ramez Tebet que incentivou o então médico, pelo espírito de liderança, a entrar na política.

Arrogante ele até pode ser um pouco mesmo, mas preconceituoso também não acho que seja o caso. O fato é que ele é doido e muitas vezes destemperado, mas o que ele falou do Minc foi algo como conversa de bar, só que pegou mal, a VEJA destaca que não se deve brincar com estupro, um crime hediondo.

Eu diria que uma elite que está em extinção é a do Pedro Pedrossian, que governou Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, sendo uma cópia do que é, ou foi, o Paulo Maluf em São Paulo.

Outra elite que deveria acabar é a dos burgueses do capital alheio, sindicalistas que se transformaram em latifundiários após um tempo na política e que agora almejam novo pleito. Quem é daqui sabe de quem falo.

De toda forma acho que o André vai maneirar a boca agora. É até melhor.



terça-feira, 22 de setembro de 2009

Esse é meu governador!

Não quero pôr usinas. Quero plantar cana (...) O medo que se tem é de contaminar os rios com o vinhoto, mas hoje até o vinhoto serve de fertilizante”, mencionou o governador André Puccinelli no evento realizado na sala de reuniões de seu gabinete na governadoria.

André fez críticas ao ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, autor do ZAE (Zoneamento Agroecológico da Cana) que veta o uso da BAP para usinas e lavouras de cana.

Na manhã de hoje, ao comentar as críticas do ministro e a a polêmica sobre os projetos, André declarou que o ministro "é viado e fuma maconha".

Mais adiante, ao saber que Minc não participaria da Meia-Maratona Internacional do Pantanal que será realizada no dia 11 de outubro, disse, em tom de brincadeira que o "o alcançaria e estupraria em praça pública".

A propósito das declarações do governador, a assessoria do governo diz que as referências foram feitas em tom de brincadeira e sem o propósito de ofensa ao ministro.


http://www.midiamax.com.br/view.php?mat_id=557632


Comento:

Quem me conhece sabe que eu sempre disse que o André é doido mesmo. Uma vez ele saiu na porrada com um militante petista que ficava no terminal Morenão panfletando contra a administração municipal dele.

As coisas foram ditas em tom de brincadeira mas podem ser levadas a mal. Agora, que foi engraçado pra caralho isso foi.

domingo, 20 de setembro de 2009

A destruição criadora


A “destruição criadora” ou “destruição criativa” foi um termo usado por Joseph Schumpeter em seu livro “Capitalismo, Socialismo e Democracia”. Ela descreve o processo de inovação que tem lugar numa economia de mercado em que novos produtos substituem antigos produtos, empresas, modos de produção e negócios.

A luz elétrica substituindo as velas, máquinas de escrever sendo substituídas por computadores, carros no lugar das carroças, mostram o progresso através dessa destruição criadora.

Embora ela sirva melhor à sociedade, pois visa atender a demanda da população em geral, a destruição criadora vai sempre ter oposição dos que foram por ela tolhidos. Os donos das máquinas Olivetti não devem ter ficado contentes com o advento do computador, pois seu negócio inviabilizou-se quando seu produto tornou-se obsoleto.

Ainda no século 19 apareceram os “quebradores de máquinas” que destruíam as máquinas que, segundo eles, estavam roubando seus empregos. Para os olhos menos atentos aquilo parecia ser verdade, mas o que estava acontecendo é que a Revolução Industrial estava permitindo uma produção em massa que barateou e popularizou vários bens de consumo, pelo processo de produção ser mais eficiente. Os quebradores de máquinas tiveram que se adaptar a novas funções.

As máquinas na verdade propiciaram que muitos serviços insalubres ou cansativos deixassem de ter que ser realizados por pessoas. A colheita mecanizada da cana-de-açúcar é um paradigma que enfrentamos. Muito melhor para os trabalhadores seria que ao invés de serem bóias-frias sob sol escaldante, trabalhassem em fábricas e outros setores da cadeia produtiva que não demandasse tanto esforço físico e que já ocasionou até mortes.

Pois bem, dito isto, gostaria de voltar à nossa questão indígena.

Parte dos indígenas brasileiros ainda está em um processo de “destruição criativa”. O seu antigo modo de vida, que era o que toda a Humanidade possuía há uns 5 mil anos atrás, foi confrontado com um modo de vida que, sem sombra de dúvida, é mais eficiente para manutenção da espécie.
Vamos comparar: nossos índios não haviam domesticado nenhum animal, procediam uma agricultura de subsistência rudimentar e não possuíam nem uma escrita, ou seja, eram ágrafos, os registros se davam apenas por meio da tradição oral.


Isto não é problema nenhum, não há demérito para os índios de forma alguma. A Humanidade só evoluiu graças às trocas voluntárias ocorridas entre as diversas culturas, propiciadas pelas sociedades abertas. Todo nosso conhecimento e tecnologia foram obtidos pelos diferentes povos do mundo e por sua livre disseminação.

Quando os índios americanos viram os recém-chegados andando a cavalo não se questionaram se aquilo era algo “contra a cultura deles”. Eles apenas perceberam que era melhor do que percorrer longas distâncias a pé e também aprenderam a cavalgar nos animais.

Mas como eu disse, há sempre os que são tolhidos por essa destruição criadora. Os caçadores não são mais demandados, o alimento pode ser obtido ao se gerar algum valor mediante trabalho e que vai ser ressarcido por um elemento comum para trocas: o dinheiro. A tribo não precisa mais se deslocar atrás de alimento, etc.

A ruptura do modo de vida coletor e nômade gerou uma inércia dos que não se adaptaram ao novo sistema. É este ponto onde quero chegar: os movimentos sociais focam demais neste problema. Sim, é um problema real, a pobreza de boa parte de nossos indígenas. Levantam as mais diferentes bandeiras, colocando-os como vítimas de um sistema. Na verdade fazem o que fazem no mundo inteiro: alardeiam o mal, mas vendem falsos remédios para eles.

Estes pseudo-humanistas pedem uma volta ao passado, apelam para uma tal “dívida histórica”, sem, contudo, se ater nas dificuldades que os índios passavam quando eram coletores. Podiam pelo menos tentar viver dependendo de caça e pesca, andando nús, descalços e com parcos utensílios que ajudassem no dia-a-dia, para provar que os índios estavam de fato melhores no passado.

Tais quais os quebradores de máquinas do século 19, a melhor opção para os índios é a adaptação às atuais condições de vida que nos cerca.

Falar que o índio é um vagabundo, é uma mentira, é um preconceito. Os que falam isto não agüentariam meio dia de sol quente com um facão na mão cortando cana como os índios fazem. Acontece que trabalho não é só esforço físico, mas, sobretudo, organização, persistência e planejamento. E boa parte dos índios tem pecado nesse quesito.

O eletricista do meu carro é de origem terena. Conheci exímios campeiros também de origem indígena. Aliás, meu pai dizia que um bisavô dele havia se casado com uma índia. O Brasil é mestiço, é bobagem fazer uma separação obtusa de raças. Volto ao ponto: a solução para os problemas indígenas não é a simples ampliação de terras, mas sim uma integração harmoniosa na sociedade brasileira.

As novas gerações indígenas têm papel fundamental nisso. A educação e o investimento em capital humano são primordiais. Os índios podem ser médicos, professores, advogados, empresários, agricultores, mão-de-obra qualificada, o que quiserem ser, desde que as condições sejam proporcionadas e que realmente se esforcem e tenham méritos para isso.

Temos então duas opções: a adaptação à destruição criadora de Schumpeter, que promoveu o desenvolvimento da sociedade; ou a luta de classes de Marx, transfigurada em luta de etnias, que até hoje promoveu só mais injustiças e derramamento de sangue, mas que é a preferida pelos citados pseudo-humanistas.

Qual é a melhor opção?

Preservação ilusória


Em recente artigo ao Correio do Estado (14/08/09), o meu querido ex-professor de Doenças Parasitárias, Hermano de Melo, fez menção ao meu nome, referindo-se ao meu artigo intitulado “A destruição criadora” (Correio do Estado, 03/08/09). Fico feliz que o professor Hermano hoje seja um acadêmico de jornalismo, tenho certeza que ele trará contribuições à área.

Primeiramente gostaria de dizer que meu texto não é “neocapitalista” (!?), “oligárquico” e “positivista”, como ele classificou, relacionando com os comentários sobre uma matéria da jornalista Jacqueline Lopes do site Midiamax. Não vou me ater sobre isso; tenho um suporte teórico sim, mas tento escrever sempre escorado no bom senso, que julgo ser o mais importante.

Em momento nenhum falei que os costumes indígenas deveriam ser extintos. Falei que o antigo modo de vida ou sistema de produção indígena foi confrontado com um sistema mais eficiente. O porquê está exposto naquele texto.

Schumpeter utilizou a expressão “destruição criadora” em sistemas de produção regidos pela economia de mercado. A ausência de mecanismos ou incentivos para esta destruição criadora nas economias planificadas socialistas do século 20, foi uma das muitas causas para o fracasso do socialismo em todo lugar do mundo onde ele foi posto em prática.

Esta expressão da Economia foi transposta para a questão indígena, salvo engano, pelo professor e filósofo Denis Rosenfield. Eu apenas discorri mais sobre o assunto.

O professor Hermano cita que os costumes indígenas devem ser preservados a exemplo das múmias dos faraós, do coliseu de Roma, das grandes navegações do passado, etc. Ora professor, me desculpe, mas penso que o sr. comparou alhos com bugalhos ou, pior ainda, mostrou sua verdadeira face de “preservacionista cultural”.

Para explicar melhor isso e como eu não podia escrever melhor do que a fonte, transcrevo dois parágrafos do livro “Uma Luz na Escuridão” de Rodrigo Constantino:

“O filósofo Kwame Anthony Apiah chama de preservacionistas culturais aquelas pessoas com bom padrão de vida, geralmente de algum país ocidental, que olham para as culturas diferentes e exóticas como algo interessante, bonito e que deveriam ser mantidas para sempre da mesma forma. Ainda segundo Thomas Sowell, tal visão é uma afetação que algumas pessoas podem se dar ao luxo de ter enquanto estão usufruindo de todos os frutos da tecnologia moderna.

Mas como disse Anthony Apiah: “Uma cultura só tem valor se é boa para o indivíduo”. Manter uma visão coletivista em detrimento da livre escolha de cada pessoa, em certos casos beira o desumano.”

Não se trata de querer doutrinar os índios, ou proceder algo parecido, como por vezes aconteceu no passado. Quem deve decidir o que deve ser mantido ou não da sua cultura são os próprios índios, e não eu ou o professor Hermano. Tampouco se trata de simplesmente desprezar o que é antigo, de maneira nenhuma, mas apenas de optar pelo que cada pessoa considerar melhor ou mais conveniente.

A propósito, comparar as múmias dos faraós com os antigos costumes indígenas, como fez o professor Hermano, já demonstra que certas coisas devem ficar no passado mesmo.

E vamos ser francos, os índios já não mantém muitos dos seus antigos costumes, e isto não é nada mais do que normal. Eu que tenho o sobrenome “Oliveira” de uma parte e “Pereira” de outra, talvez devesse dançar fado, comer bacalhau rotineiramente, usar bigode, abrir uma padaria e, o que é pior, torcer pelo Vasco da Gama para manter os costumes dos meus antepassados remotos, mas isto nem de perto passa por minha cabeça.

Indo um pouco mais longe: imaginem se em nome de tal preservacionismo cultural tenhamos que defender o infanticídio perpetrado por algumas tribos brasileiras; ou pedir um retorno do canibalismo dos tupinambás, ou mesmo dos sacrifícios humanos dos astecas.

Os índios já não andam mais nús, eles assistem TV, utilizam a Internet (acessem o blog dos jovens indígenas de Dourados:
www.ajindo.blogspot.com), usam fogão e geladeira, têm celulares, moram em casas de alvenaria, têm água encanada, enfim, é uma piada de mau gosto querer que eles voltem a um modo de vida de cinco mil anos atrás.

Julgar que o índio não deve se integrar na sociedade é que é um preconceito de nossos indigenistas. Ao fazer isto estaria se outorgando que os índios não têm capacidade de serem o que quiserem ser (médicos, professores, advogados, etc), mas que apenas deveriam viver eternamente num modo de vida coletor-extrativista, ou seja, primitivo.

Praticamente todos os anos vou ao Bon Odori, a festa típica japonesa. Também já fui à Oktoberfest dos alemães e todo ano participo de nossas festas juninas. Eu penso que todas remetem aos costumes e à antiga cultura dos respectivos antepassados. A cultura indígena, para mim, não deve diferir disso, ou mesmo do nosso churrasco com mandioca ou do tereré que também foi influência indígena.

Querer mais do que isso é tentar, inutilmente, manter os índios num museu a céu aberto.




Obs: O Hermano bem que podia ser o Tomatinho do desenho abaixo. Eu não sou o Fudêncio porque não fico vendendo bugiganga pros índios.



Carne, a grande vilã

Nas páginas amarelas da VEJA passada uma ambientalista declarou algo como 20% do efeito estufa é causado pela produção de carne vermelha e quem tem consciência ecológica deve diminuir o consumo de carne.

Ai minha picanha, minha ponta de costela, lá vem eles de novo.

Não sei qual a acurácia desse dado que ela colocou, se for igual a história de que um quilo de carne para ser produzido consome 15 mil litros de água, então dá licença, é uma mentira, é uma besteraiada pura.

Vamos fazer uma conta simples da recria nesse caso dos 15 mil litros de água:

Engorda média anual: 120 quilos de peso vivo = 62,5 quilos de carcaça = 48 quilos de carne

Consumo médio de água anual: 35 litros dia = 12775 litros ano

Portanto: 12775 litros/ 48 quilos de carne= 266 litros pra cada quilo de carne produzida.


Isto sem falar na reciclagem de água pela urina, transpiração, excrementos, etc. Quem chamou atenção pra esta reciclagem foi o Xico Graziano, se depender dos representantes de classe - da CNA que arrecada milhões anuais dos produtores - a carne, a soja e todos os produtos rurais podem ser vilipendiados à vontade. A falta de um midia watch nesse caso é de dar nojo.

Eu tenho com meus botões que esta história de 20% do efeito estufa advir da pecuária ser um dado muito do tendencioso.

De toda forma a mulher falou em reduzir o consumo de carne. Eu pergunto: Reduzir pra quanto? Nestas minhas pesquisas internéticas me deparei com o preconizado em 100 a 150 gramas diário de carne ser o ideal pra atender as exigências de proteínas, minerais, etc. Isto daria um consumo de 36,5 a 55 quilos de carne por pessoa/ano. Eu como muito mais que isso, mas tem gente que não come e no texto abaixo ficou patente a necessidade e importância da carne para nossa saúde.

O que acontece é que a pecuária, pelas suas caracteristícas, é uma atividade desbravadora, então os verdinhos detestam ela, assim como os vermelhinhos detestam os produtores rurais. Pronto! Juntou a fome com a vontade de comer.

Falando em fome, eu vou comer carne em dobro só de raiva daquela mulher falar asneira.

ps: Qual minha proposta nesse caso em que a verdinha com certeza está condenando a pecuária por achar que ela destrói florestas, etc? É a de se melhorar a produtividade em áreas que já são de pecuária, e há muita margem pra isso, o governo vem atrapalhando um pouco com a reforma agrária, afinal a produtividade deles é um lixo, mas dá pra melhorar entre 20 a 50% da produção de carne sem mexer num palmo de floresta.

domingo, 13 de setembro de 2009

Capitalismo e carne vermelha


Quem nunca ouviu que carne vermelha faz mal? Riscos de colesterol, infarto, etc. Implicitamente parecia que a cor da carne era algo maléfico, o ideal seria consumir carnes brancas, de aves e peixes. À carne vermelha reservava-se o alerta de moderar o consumo.

Caros leitores e quanto ao capitalismo, ou seja qual for o nome do sistema econômico que vivemos, quem não ouviu pilhas de acusações? Um sistema injusto, opressor, desigual, etc. Também havia a formação de opinião maniqueísta e implícita de que o capitalismo era “do mal”, coisa de pessoas dinheiristas e egoístas.

Pois bem, não é fácil destruir inúmeras falácias em poucas linhas, mas pelo menos algumas informações relevantes podem ser fornecidas, e uma ligação entre capitalismo e carne vermelha pode ser realizada. Vamos primeiro à carne vermelha, esta fonte nobre de proteínas, aminoácidos, vitaminas e minerais, e que é tão vilipendiada. Quando e como a espécie humana começou a consumir carne?

Há cerca de 2,8 milhões de anos, produziu-se uma mudança climática que, no hemisfério norte, se traduziu num avanço do gelo e, na África equatorial e tropical, por uma redução do bosque e um avanço da savana. Muitos especialistas relacionam estas mudanças com o desaparecimento dos últimos Australopithecus e o aparecimento dos novos gêneros: Paranthropus e Homo. Estes novos gêneros estariam adaptados a este novo ecossistema, porém com soluções diferentes.
O gênero Homo escolheu uma dieta onívora, ou seja, além de vegetais, consumia carne. Já o gênero Paranthropus escolheu uma dieta vegetariana, continuando com a mesma dieta dos seus antecessores, porém mais especializada, com a inclusão de vegetais mais fibrosos, típicos da savana.

Ao optar por isso, os Paranthropus, precisaram ganhar uma mastigação “pesada". Para ter uma mandíbula eficaz para uma alimentação vegetariana foi necessário abrir mão do crescimento da caixa craniana e consequentemente do cérebro que não podia ser muito grande devido a pressão exercida pelas mandíbulas e dentes adaptados para mastigação contínua de vegetais altamente fibrosos.

Também não é de se admirar que a baixa quantidade de proteínas de boa biodisponibilidade da dieta dificultassem o desenvolvimento cerebral.

Resultado: os Paranthropus se extinguiram com o passar das gerações. A falta de adaptabilidade à outras mudanças do ambiente e a pouca inteligência foram cruciais para isso.

Já o gênero Homo que optou por uma dieta mais diversificada com a inclusão da carne, favorecendo o desenvolvimento cerebral e a diminuição do tamanho do trato gastro-intestinal, prosperou e evoluiu até atingir o atual estágio em que estamos, o de Homo sapiens sapiens.


Diversos estudos mostram a correlação entre o Ferro e o Zinco na capacidade de cognição, ou seja, na inteligência. A carne vermelha é uma das fontes mais ricas e que apresentam maior biodisponibilidade nesses dois minerais.

Um trabalho com 544 garotos realizado ao longo de dois anos por cientistas do Serviço de Pesquisa Agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos concluiu o seguinte: aquelas que comiam carne vermelha cresciam mais e apresentavam melhor desempenho escolar quando comparadas com a meninada vegetariana.

O consumo de carne, como vimos, foi primordial na evolução de nossa espécie e ainda é fundamental no bom desenvolvimento dos indivíduos.

A carne vermelha, entretanto, é especialmente mais mal-vista, ou difamada, do que a carne branca. Qual a razão da coloração avermelhada? Devido ao maior índice de mioglobina contida nela. A mioglobina é uma proteína que serve como reserva de oxigênio, e que possui Ferro na sua estrutura molecular.

A carne é vermelha essencialmente por isso. Ou seja, é mais nutritiva.

Já quanto ao capitalismo emprestarei as palavras de Ludwig von Mises, no seu livro “As seis lições”, ao responder um hipotético anticapitalista: “Sabe que a população deste planeta é hoje 10 vezes superior que nos períodos precedentes ao capitalismo?Sabe que os homens hoje usufruem de uma padrão de vida mais elevado que os de seus ancestrais antes do advento do capitalismo? Sua mera existência é uma prova do êxito do capitalismo.”

Realmente, a humanidade experimentou uma explosão populacional após a Revolução Industrial. A produção em massa visando atender a demanda, seja qual ela fosse (alimentos, vestuário, medicamentos, bens de consumo, etc), propiciou a multiplicação da população mundial.

Já o sistema que pretendia combater o capitalismo, com apregoadas intenções humanistas, foi a maior máquina de matar pessoas já vista na face da Terra. Citando este que vos escreve: “A pobreza não está no capitalismo. Mas na ausência ou no nível de desenvolvimento deste.”. Os melhores países do mundo são os mais capitalistas. Eles não devem ser criticados, mas imitados.

Curiosamente foi a partir de alguns meios acadêmicos que tanto a carne vermelha quanto o capitalismo foram combatidos. Médicos e nutricionistas (com honrosas exceções, é claro) contra a carne vermelha. Sociólogos e afins contra o capitalismo. É uma batalha de estudiosos com altas doses de tendencialismo e, às vezes, má-fé, contra a natureza das pessoas comuns. Sim, o capitalismo, assim como o consumo de carne, fazem parte (graças a Deus) da natureza humana. Por isso chegamos até onde estamos.

Evolução da espécie. Multiplicação da espécie. Prosperidade da espécie. Não é pouca coisa. Que tal um churrasco para comemorar?





Artigo publicado em:



Uma fonte de informação usada, o blog Meavels:


Aproveitem o embalo e entrem na Faculdade de Churrasco do Hermes e Renato, com cursos especiais para mulheres:


Marionetes de Marx



No seu artigo “Neoliberalismo e a crise” publicado recentemente pelo jornal Correio do Estado de Campo Grande - MS, o professor Hajime T. Nozaki discorre sobre a dita doutrina e a atual conjuntura mundial. Aliás, não existe “neoliberalismo”, mas sim o liberalismo fundamentado nas mesmas idéias de Adam Smith. Farei algumas observações ao citado artigo.

Friedrich Hayek realmente escreveu sua obra-prima “O Caminho da Servidão” em 1944. Contudo, o livro não se constitui num manual de como seria a doutrina liberal no campo político-econômico, mas foca mais nos fundamentos teóricos coletivistas que levaram à formação do nacional-socialismo (nazismo), fascismo e do comunismo. Hayek também não poupou críticas ao keynesianismo, representado pelo Welfare State.

O colapso dos sistemas totalitários comunistas foi bem prenunciado por Ludwig von Mises, pela incapacidade de tais sistemas gerarem preços reais e factíveis para a Economia, daí a escassez generalizada que havia em tais países. Mas é a Hayek que é atribuído o apontamento para a maior causa da ruína dos países que adotaram os modelos marxistas-leninistas: a ausência de liberdade individual.

É simplesmente um erro ligar “O Caminho da Servidão” com a atual crise mundial, como fez o professor Hajime. Como já disse, o citado livro não é um manual, mas sim um alerta sobre o processo de perda da liberdade individual; e também porque esta crise econômica não é advinda do liberalismo.

Se o professor leu um outro liberal, Milton Friedman, da escola de Chicago, vai saber que a crise de 29 não foi causada pelo livre mercado, da mesma forma que a atual, ao contrário do que muitos papagueiam, não é.

Algumas obras recentes já demonstram as impressões digitais do governo na atual crise, mas em especial gosto de assistir no youtube alguns vídeos que trazem o médico e político Ron Paul explicitando que os juros artificialmente baixos exercidos pelo FED, entre outras coisas, desembocariam numa crise. O vídeo é de 2005. Num mesmo link há um vídeo de Ron Paul de 1983 também anunciando uma futura crise em decorrência da política econômica governamental. A crise veio em 1987.

Ah, sim, Ron Paul tem um quadro com a imagem de Hayek no seu escritório. E mais também, Ron Paul é quase uma voz solitária no partido Republicano. O seu antigo partido, o Libertário, que é realmente calcado nos ideais liberais, não tem representatividade política relevante.

Há aí um outro ponto importante: é simplesmente falso que o “neoliberalismo” seja hegemônico, como disse o professor Hajime. Se fosse, os países ricos não fariam subsídio agrícola e nem praticariam um proteccionismo de mercado em desfavor dos nossos produtos. Há uma lista de coisas as quais os liberais são contra e que se fazem presente na Economia mundial.

Ainda no seu artigo o professor Hajime afirma sobre o “neoliberalismo”:

“...a sua aplicação tem levado os trabalhadores às duras penas.”

Grande equívoco. As menores taxas de desemprego do mundo estão nos países que adotaram medidas liberais. O Chile que foi citado pelo professor Hajime, é um exemplo na América Latina. Sugiro que o professor Hajime procure o índice Heritage de Liberdade Econômica. A correlação entre liberdade econômica e menor índice de desemprego é notória.

“... o neoliberalismo trouxe um aprofundamento da desigualdade e da miséria no mundo inteiro.”

Agora vou usar as palavras corretas: isto é mais uma MENTIRA, uma MENTIRA que é usada compulsivamente por uma leva, ou turba de pseudo-intelectuais.

As idéias liberais do século 19 contribuíram para derrubada de algo que acompanhou a Humanidade por milênios: a escravidão. As idéias liberais no século 20 serviram de contraponto aos sistemas totalitaristas e quando postas em prática deram o empurrão final nas combalidas repúblicas comunistas. No final do século 20 e início do século 21 assistimos milhões de pessoas saindo da pobreza generalizada graças ao capitalismo referendado pelas idéias liberais.

O professor Hajime ainda cita a África como se lá fosse um lugar que tenha a ver com “neoliberalismo”. Não há nada mais distante do liberalismo do que a África. Peço novamente que ele consulte o índice Heritage. Os últimos países do citado índice são os poucos países comunistas que persistem no mundo, como Cuba e Coréia do Norte, e a maioria dos países africanos. Aliás, a famélica Zimbábue do ditador comunista Robert Mugabe, por acaso é “neoliberal”?

Incomoda-me o fato de apontarem tantas “crises” no capitalismo, sem eu nunca ter os ouvido apontarem alguma crise nos países socialistas, mesmo com as pessoas arriscando as vidas para saírem deles. Incomoda-me falarem que o “neoliberalismo” trouxe a miséria, sem nunca falar que o marxismo tem a ver com as mais de 100 milhões de mortes do comunismo e que mesmo Hitler apenas copiou seus campos de concentração dos Gulags soviéticos.

O professor Hajime não está sozinho, sua coleção de equívocos é repetida por gente teoricamente gabaritada, Emires Sáderes e Marilenes Chauís da vida, e reproduzem-se em salas de aulas tanto de ensino universitário quanto de ensino médio, deformando opiniões.

Para quem tiver interesse, “O Caminho da Servidão” e outras obras do gênero podem ser obtidas gratuitamente para download neste endereço: http://www.ordemlivre.org/ebooks

Eu ponho-me a disposição do professor Hajime para um debate. Meu e-mail está logo abaixo. Aliás, desafio ele e qualquer outro que tenha opiniões semelhantes. Como disse Mises: “Idéias, e apenas idéias, podem iluminar a escuridão”.

Obs: O artigo original saiu com o título de "Os macacos Marx". Como acho que fui um pouco grosseiro, mudei o título. Mas já havia encontrado a foto do macaquinho de óculos e que achei muito simpático, então é ela que ilustra o texto.

Sobre a Sessão Foda-se de cinema

Um leitor anônimo comentou que eu podia ter escrito o texto da sessão foda-se com menos termos chulos, afinal a idéia é procedente. Bom talvez o erro tenha sido meu em não explicitar bem como funciona a sessão foda-se.

Quem a criou foi o Adolfo Sachsida, professor de Economia da UNB, e ela serve justamente para expormos nossas opiniões de uma maneira mais explícita, sem se preocupar com racionalismo, comedimento e muito menos politicamente correto.

Entendeu? Não que eu queira dar uma de Dercy Gonçalves da blogosfera, mas apenas externar opiniões mais diretas, sem rodeios.

Abaixo uma sessão foda-se do Adolfo Sachsida, um sarro.


Sessão Foda-se de Cinema: Sogras que se acham esposas dos genros


Quero inaugurar a Sessão Foda-se com um enorme, gigantesco, estratosférico, FODA-SE para todas as sogras que se acham esposas de seus genros. Sogra você é esposa de seu marido, seu genro NÃO É seu marido. Seu genro é o marido de sua filha, então cuide de sua vida, cuide de seu marido, e deixe o marido de sua filha em paz.

Filha seu marido é seu marido, não é seu pai. Seu pai é o marido de sua mãe. Deixe as mágoas e frustrações de sua mãe para com seu pai para sua mãe e seu pai. Seu marido lhe trará frustrações suficientes ao longo da vida, você não precisa acrescentar à isso as frustrações que sua mãe tem de seu pai.

Sogra sua filha não é você e seu genro não é seu marido. Sua filha e seu genro não são você e seu marido. Os filhos de sua filha não são seus filhos, são seus netos. Não queira ensinar aos netos o que você não ensinou aos filhos. A obrigação de ensinar ao filho é do pai e da mãe, não é da avó.

Sogra você dorme com seu marido, não dorme com seu genro. Você casou com seu marido, quem casou com seu genro foi sua filha. Assim, perturbe seu marido ele é quem tem a obrigação de te aguentar. Sogra não transfira suas mágoas para sua filha, dê uma chance para ela ser feliz pois quando você foi esposa, e não sogra, também almejou por essa chance.

Para TODAS as sogras que pensam que são esposas de seus genros, para TODAS as sogras que transferem suas mágoas e frustrações para o casamento de suas filhas, para TODAS as sogras que querem ensinar às filhas como estas devem destratar seus maridos, tenho apenas uma coisa a dizer: FODAM-SE TODAS.

http://bdadolfo.blogspot.com/2009/06/sessao-foda-se-de-cinema-sogras-que-se.html


Meu comentário:

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK!!!!!!!!!!!!!!!!!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

domingo, 6 de setembro de 2009

Cabo Anselmo, Cuba, papel higiênico, etc

Clique na imagem acima para ver o que o cubaninho faz com o jornal do Fidel Castro

Não pude comentar o post abaixo, faço agora. Bom como vocês leram cabo Anselmo mudou de lado na luta política dos anos 60/70. Acho que antes de ser capturado, ele já estava convicto que estava do lado errado. No fim da entrevista ele declarou o que cada um foi naquele período e ele disse que ele havia sido um otário. Talvez o correto seria dizer um inocente útil da esquerda.

Mas o que eu queria comentar é que ele esteve em Cuba e viu de perto o regime que seus colegas gostariam de implementar no Brasil: "Em Cuba só há um jornal, um canal de TV, uma estação de rádio, e todos controlados pelo governo. Como falta papel higiênico utilizam o jornal "Granma"para tal finalidade."

Rachei de rir, afinal esta é a utopia socialista em prática. Mas pobres cubanos. Por coincidência dias antes o Janer Cristaldo havia comentado novamente numa crônica sobre a incompatibilidade do socialismo com o papel higiênico, que ele observou em todos países do leste europeu o qual ele visitou. Leiam trechos, é do dia 30 de Agosto:

SOBRE A INCOMPATIBILIDADE ENTRE PAPEL HIGIÊNICO E SOCIALISMO

Há vários anos venho escrevendo sobre a incompatibilidade entre socialismo e papel higiênico. Nas rápidas incursões que fiz a países soviéticos, era o primeiro problema a resolver no hotel. Jamais havia papel no banheiro, era preciso reivindicá-lo na portaria. O funcionário perguntava então quantos dias você ficaria no hotel, avaliava no olhômetro a metragem que você necessitaria e a destacava de um rolo. Mais papel, só pedindo de novo.
...
Num país onde as pessoas vivem em nível de fome, desde há muito os cubanos devem estar conferindo ao Granma a única utilidade que o jornal tem. Não gosto de trocadilhos, mas vamos lá. Seu endereço eletrônico é granma.cu. Para o leitor lusófono, pelo menos, desde há muito estava predestinado a tão nobre função.
Pois bem, o negócio também foi assunto na Veja da semana:

Disseram que os cubanos descobriram agora tal finalidade, mas como disse o Janer, isto não deve proceder, mas apenas tiveram a oportunidade de mostrar claramente o fato, coisa que nos tempos mais fechados de Fidel não dava. O jornal do dia vale a mesma coisa que o da semana passada ou de qualquer data, o importante é a finalidade do papel.


Quanto à entrevista, que considero histórica, do cabo Anselmo, quem comentou muito bem foi o Gustavo Bezerra, do blog do Contra. Eis abaixo:


Meus comentários finais:
Fico pasmo de saber o quantos milhões já foram gastos em pensão para este povo que queria transformar o Brasil numa grande Cuba. Há uns que nem lutaram nada, é só dizer que foi perseguido pela ditadura e pronto, 100 mil na conta, mais uma pensãozinha de 4, 5 mil mensais.

O Lula molusco ganha 4 mil mensais porque foi preso numa greve e passou uma só noite no Dops. Coitadinho, agora até o fim da vida os pagadores de impostos tem que arcar com essa gorgeta (pra ele isso é gorja mesmo) pro molusco.
E tem gente, professores, intelectuais que dizem admirar Cuba. Meu conselho: vão lá para morar, mas como cubanos, não como turistas.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Cabo Anselmo e nossa História

O Canal Livre da band entrevistou cabo Anselmo. Pra quem não sabe quem é ele (até há pouco tempo atrás eu também não sabia) peguei este trecho da wikipédia:

José Anselmo dos Santos, conhecido na história recente do
Brasil por cabo Anselmo, (Itaporanga d'Ajuda, 13 de fevereiro de 1942) é um ex-militar brasileiro, líder durante o protesto de marinheiros, evento que desencadeou a crise do término do governo de João Goulart, em 1964.
Após o golpe foi expulso da
Marinha pelo crime de motim e revolta. Chegou a ser preso, mas fugiu e exilou-se no Uruguai e depois em Cuba, onde teria feito treinamento de guerrilha. Voltou ao Brasil em 1970 e ligou-se como membro atuante no movimento guerrilheiro. Acabou preso pelo famigerado delegado Sérgio Paranhos Fleury, do Dops.
Nesse momento, a história muda e o militar passa a ser acusado de ter atuado como agente duplo infiltrando-se em grupos esquerdistas .
Logo depois da sua prisão, Anselmo teria mudado de lado e aceitado trabalhar para o regime, passando a trair seus antigos companheiros esquerdistas, entregando-os às forças legais. Infiltrou-se em grupos armados como a
VPR, sendo envolvido no estouro de aparelhos de guerrilha e na prisão, tortura e morte de militantes comunistas.

A entrevista está aqui:

http://www.band.com.br/canallivre/videos.asp