Cuba é uma ditadura comunista. Fidel Castro é um ditador comunista. Isto não se discute. É fato. Os cubanos trocaram uma ditadura ruim (a de Fulgêncio Batista) por outra bem pior. Por 50 anos no governo, el comandante passou o poder para seu irmão somente por motivos de saúde, como se a ilha fosse uma propriedade particular da família Castro.
Dada a atmosfera dos anos 50 e 60, a revolução cubana tomou ares chiques e progressistas, como se lá estivesse sendo lançada uma nova diretriz para a América Latina que, segundo as teorias terceiro-mundistas, era subdesenvolvida pelo dito “imperialismo” de outras nações, em especial dos EUA.
O tempo se encarregou de demonstrar que tudo não passou de ilusão. Cuba é a penúltima economia do continente, e não pelo tal embargo americano, afinal ganhou gorda mesada da URSS enquanto esta se manteve de pé.
Alguém deveria acusar o Japão de também ter sofrido embargo econômico da China e URSS nos anos da Guerra Fria, mas a ilha oriental nunca se preocupou com isto, apenas trabalhou para produzir bens de consumo demandados, o cerne do capitalismo, tornando-se a segunda economia mundial.
O Muro de Berlim caiu e o que se falava de positivo dos países da cortina-de-ferro mostrou-se propaganda enganosa. Assim é Cuba. A Educação na verdade trata-se de doutrinação ideológica, que apenas faz uma lavagem cerebral nos alunos em nome de uma “consciência revolucionária”. A Saúde então nem se fala, tanto que quando Fidel necessitou de maiores cuidados apelou para médicos espanhóis. Investe-se no esporte apenas como meio de propaganda do regime, como todo país comunista sempre fez.
O que acho interessante de tudo isso é que Lula não é um esquerdista nato. Moldado no sindicalismo, ele é mais chegado a um entendimento de ambos os lados do que a um confronto, sobretudo ideológico. Porque então tentar tapar o sol com a peneira desqualificando as críticas à Cuba?
Afinal, de múmias como Marco Aurélio Garcia pode-se entender que ainda tenham seus devaneios da juventude intactos no seu obsoletismo ideológico, mas Lula deveria poupar seus malabarismos verborrágicos para defender a ditadura castrista.
Logo que a URSS entrou em colapso, Fidel Castro estendeu sua xícarazinha pedindo esmolas em países da América Latina. Para isso ele congregou a esquerda do continente numa reunião chamada Foro de São Paulo, ao lado do PT em 1990. O maior fruto disso talvez seja Hugo Chávez que hoje é fiel colaborador econômico de Cuba.
Contudo, Lula só se elegeu quando deixou de lado o discurso de luta de classes, tão caro a Fidel et caterva, tanto que escolheu um rico industrial para ser seu vice. De forma que não vejo motivos para algum tipo de agradecimento de Lula a Fidel.
No fim penso que apenas o ímpeto de agradar a gregos e troianos é que pode levar Lula a esta visita a Cuba. Afinal, a antiga ala mais radical do PT ainda vive com a cabeça nos anos 60.
Dada a atmosfera dos anos 50 e 60, a revolução cubana tomou ares chiques e progressistas, como se lá estivesse sendo lançada uma nova diretriz para a América Latina que, segundo as teorias terceiro-mundistas, era subdesenvolvida pelo dito “imperialismo” de outras nações, em especial dos EUA.
O tempo se encarregou de demonstrar que tudo não passou de ilusão. Cuba é a penúltima economia do continente, e não pelo tal embargo americano, afinal ganhou gorda mesada da URSS enquanto esta se manteve de pé.
Alguém deveria acusar o Japão de também ter sofrido embargo econômico da China e URSS nos anos da Guerra Fria, mas a ilha oriental nunca se preocupou com isto, apenas trabalhou para produzir bens de consumo demandados, o cerne do capitalismo, tornando-se a segunda economia mundial.
O Muro de Berlim caiu e o que se falava de positivo dos países da cortina-de-ferro mostrou-se propaganda enganosa. Assim é Cuba. A Educação na verdade trata-se de doutrinação ideológica, que apenas faz uma lavagem cerebral nos alunos em nome de uma “consciência revolucionária”. A Saúde então nem se fala, tanto que quando Fidel necessitou de maiores cuidados apelou para médicos espanhóis. Investe-se no esporte apenas como meio de propaganda do regime, como todo país comunista sempre fez.
O que acho interessante de tudo isso é que Lula não é um esquerdista nato. Moldado no sindicalismo, ele é mais chegado a um entendimento de ambos os lados do que a um confronto, sobretudo ideológico. Porque então tentar tapar o sol com a peneira desqualificando as críticas à Cuba?
Afinal, de múmias como Marco Aurélio Garcia pode-se entender que ainda tenham seus devaneios da juventude intactos no seu obsoletismo ideológico, mas Lula deveria poupar seus malabarismos verborrágicos para defender a ditadura castrista.
Logo que a URSS entrou em colapso, Fidel Castro estendeu sua xícarazinha pedindo esmolas em países da América Latina. Para isso ele congregou a esquerda do continente numa reunião chamada Foro de São Paulo, ao lado do PT em 1990. O maior fruto disso talvez seja Hugo Chávez que hoje é fiel colaborador econômico de Cuba.
Contudo, Lula só se elegeu quando deixou de lado o discurso de luta de classes, tão caro a Fidel et caterva, tanto que escolheu um rico industrial para ser seu vice. De forma que não vejo motivos para algum tipo de agradecimento de Lula a Fidel.
No fim penso que apenas o ímpeto de agradar a gregos e troianos é que pode levar Lula a esta visita a Cuba. Afinal, a antiga ala mais radical do PT ainda vive com a cabeça nos anos 60.
Mas não é tirando fotos e gargalhando ao lado de déspotas que Lula ganha ares de estadista, pelo contrário. Ao fazer isto apenas endossa seu desapreço pela democracia e pelos verdadeiros direitos humanos, atestando que o PT tem sim um DNA totalitário e que não evoluiu, mas apenas se adaptou para chegar ao poder.
* Artigo publicado pelo jornal Correio do Estado em 17/03/10