quarta-feira, 27 de abril de 2011

A preguiça a favor da informação

Na verdade este post é um clipping, a exemplo do que eu fiz algumas vezes quando nao tinha o que escrever aqui, elegi os melhores artigos e posts dos blogs e sites referências.

1 - Leandro Roque, do Mises Institute, como sempre mandando muito bem.

Hoje, o BC não pode imprimir dinheiro e entregá-lo diretamente para o Tesouro (como fazia no passado). Porém, na prática, ele continua fazendo isso, só que agora de maneira indireta. E é esse o truque genial do qual quase ninguém se dá conta.

Funciona assim: quando o Banco Central quer expandir a base monetária, ele precisa realizar aquilo que chamam de operações de mercado aberto (open market) — isto é, o Banco Central compra títulos públicos que estão em posse dos bancos. Falando mais explicitamente, o Banco Central cria dinheiro para comprar títulos que estão em posse do sistema bancário. Atualmente, essa é a única maneira legal de o Banco Central criar dinheiro.

Como o Banco Central faz isso? Grosso modo, ele aperta um botão no computador e acrescenta alguns dígitos na conta (as reservas compulsórias) que o banco que está vendendo os títulos possui junto ao Banco Central. De onde veio esse dinheiro? De lugar nenhum. O Banco Central o criou do nada. Nenhuma outra conta foi debitada. A base monetária expandiu magicamente; as reservas desse banco aumentaram.

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=961


2 - Gustavo do blog do Contra. Imperdível estes dois posts

Algumas coisas, como a jabuticaba, só existem no Brasil. Outras existem em quase todos os lugares, menos no Brasil. É o caso de um partido político claramente de direita, liberal ou conservador.

http://gustavo-livrexpressao.blogspot.com/2011/04/por-que-nao-existe-direita-no-brasil-e.html


No link abaixo vai uma pequena biografia de vultos da esquerda, muito esclarecedor.

http://gustavo-livrexpressao.blogspot.com/2011/04/pequena-galeria-de-vultos-da-humanidade.html


3 - Por último mas nao menos importante, o desenrolar de um artigo de Adolfo Schsida que incomodou Luis Nassif e os que gostam que o governo aumente impostos. Na verdade o artigo do Sachsida demonstra algo claro, a carga tributária inibe o crescimento do Brasil, só que tem gente que nao quer dar o braço a torcer.

http://bdadolfo.blogspot.com/2011/04/carga-tributaria-e-crescimento.html


Por enquanto é só. Boa leitura!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

O desserviço da imprensa na questão da inflação

Búúú, ela voltou, a inflação. Naquele tempo os preços subiam todo dia. E agora, o que podemos fazer pra prevenir a inflação? Pesquisa de preços, comprar em promoções, substituir produtos, isso é o que está fazendo a dona Maria Creuza como mostra a seguir nossa reportagem.

O que está escrito acima está em tom de brincadeira, lógico, mas ilustra como a imprensa tem enfocado a inflação recente no Brasil. A imprensa peca porque nunca, jamais, disse porque o plano Real foi bem sucedido no combate à inflação a despeito de todos os outros.

Simplesmente porque ao se introduzir o Real nao houve expansao monetária, ou seja, o governo não continuou imprimindo papel-moeda a rodo. A inflação é isso, o governo imprimindo dinheiro para cobrir seus custos. Há o agravante da liberação de crédito e também quando se quer alterar o câmbio sem deixá-lo flutuar livremente.

Na ótica da imprensa, a inflação é algo como advindo de excesso de consumo, ou algo misterioso mas que o governo tem que agir aumentando os juros, mesmo estes sendo estratosféricos no Brasil. Enquanto o povo não tiver consciencia de como é gerada a inflaçao, seremos sempre refens do governo.

Uma matéria honesta falaria assim: "A inflaçao voltou, todos os preços subiram, o governo injetou dinheiro demais na economia, a despeito de tungarem quase 40% do que é produzido no país, a gastança, a corrupção e a ineficiencia do Estado brasileiro fez com que se precisasse fabricar dinheiro do nada, somente ligando a impressora do Banco Central.", em seguida falaria algum entrevistado: "O governo precisa cortar gastos e ser mais eficiente. Não pode gastar mais do que ganha."

Pronto, esta matéria é que deveria estar sendo veiculada na mídia. E não pedindo que a dona Maria fique correndo de mercado em mercado (embora isto tenha sua validade) atrás de pechinchas.

Caso a mídia fizesse isso, imediatamente a própria população seria a favor de algo que foi abandonado há anos, justamente por impedir este roubo que o governo pratica ao fabricar dinheiro do nada: o lastreamento da moeda utilizando-se o padrão ouro.

Abaixo vai uma paródia de um diálogo que se não aconteceu, é bem verossímil.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

É hoje! O lançamento do filme Atlas Shrugged.

Hoje estréia o filme Atlas Shrugged parte 1, da obra de Ayn Rand que foi relançada recentemente no Brasil com o nome de A revolta de Atlas. A responsabilidade de apresentar na telona o segundo livro que mais influenciou pessoas nos States depois da bíblia não é pequena. A expectativa de todos que leram o livro também não é menor.

Ah, o lançamento hoje é lá nos EUA, lógico, ainda não há data prevista para ser lançado no Brasil. Tomara que não demore. O elenco parece que não é de atores bem conhecidos por aqui, talvez isso atrapalhe um pouco. Abaixo vai o trailer do filme:

domingo, 10 de abril de 2011

O quê? Não tocaram Puteiro em João Pessoa?

A saída do vocalista Rodolfo foi fatal para banda. Mas o cara tava com o pé muito enfiado na jaca. Uma pena. Quem viu Raimundos nos bons tempos viu, quem não viu...assiste os clipes.

Agradecimentos ao amigo Fabrício que me dedicou esta música no dia do meu aniversário, hoje! (...um muito justo era o Augusto, o safado era o Bersange...)

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Eh amanha!

Alguns vao ver os Raimundos. Eu vou ver os Impossiveis. Nao ha quase nenhum material deles na internet. Tambem quem mandou fazer punk rock em Campo Grande? Isso nao dah ibope. Abaixo vai a adolescente Deitar e rolar.

Quem conhece sabe que tem muito mais. Desde letras refinadas como Mostarda (Quem derramou mostarda na minha camisa branca?/Quem derramou mostarda na minha camisa branca?/Agora ela tah amarela/ Agora ela tah amarela/Agora ela nao eh mais branca) ateh refroes serios como:
Eu sou o zumbi da avenida calogeras/ E eu vou pegar voce!
; ou romanticas como:
Porque eu sou
/ o psicopata do amor.

Diversao garantida.

Contra a violencia, mais armas de fogo!

Numa vez que um maluco nos States saiu matando pessoas numa universidade houve uma discussao acerca da proibicao da venda de armas por lah. O falecido ator Charlton Heston declarou que era justo o contrario, pois se mais pessoas estivessem armadas, o psicopata logo seria abatido e teria feito menos vitimas.

Na Suíça, quase todo cidadão possui uma arma. Muitas vezes, vendida (ou quase doada) a ele pelo próprio governo, através do Exército. É uma das poucas nações do mundo que tem taxa per capita de armas mais alta que os Estados Unidos. Mas, a Suíça praticamente não ostenta crimes com armas de fogo.

Consta que o príncipe alemão Wilhem Hohenzollern, depois kaiser da Alemanha, há muito tempo, em visita à Suíça, assistia aos treinamentos militares a que os cidadãos desse país são submetidos periodicamente. Então, perguntou ao comandante do exercício:
-Quantos homens em armas você possui?
-Um milhão
, respondeu-lhe o comandante.
O príncipe insistiu:
-O que você faria, se cinco milhões de meus soldados cruzassem sua fronteira amanhã?
O comandante suíço não pestanejou:
-Cada um de meus homens daria cinco tiros e voltaria para casa.

Agora os desarmamentistas que me perdoem, mas eh muita burrice achar que vao diminuir crimes como este ocorrido no Rio de Janeiro tentando dificultar a venda legal de armas, que jah eh dificil. Afinal, drogas nao sao proibidas mas sao encontradas a rodo em todas as cidades? A mesma coisa se dah com armas. O desarmamento do jeito que querem certas pessoas seria otimo...para os criminosos.

Katia Abreu rules

A senadora fez um discurso irretocavel. Nao eh curto, mas vale a pena le-lo na integra. Destaquei alguns trechos.


Senhor Presidente, Senhoras e senhores senadores,

A história contemporânea brasileira se move por ciclos. Tivemos o período militar, de 1964 a 1984; a redemocratização, a partir de 1985; e o período pós-constituinte, a partir de 1988. Nele estamos há 23 anos. Desde então, foram nada menos que seis eleições presidenciais diretas, em que dois partidos, que pouco diferem em conteúdo programático, se alternaram no poder: o PSDB e o PT. Ambos se apresentam como partidos de viés de esquerda - um é social-democrata; o outro professa um socialismo reformista.

Lembro-me de um debate há alguns anos entre o senador Cristovam Buarque, então no PT, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em que ambos admitiam não haver discordância ideológica substancial entre seus partidos. Disputavam apenas, a partir de São Paulo, espaços de poder: não de idéias. As coincidências não se esgotavam aí. Também para chegar ao poder, ambos se valeram da mesma estratégia, de buscar alianças conservadoras, que lhe eram doutrinariamente opostas, mas que lhe favoreciam a chegada ao poder. O PSDB aliou-se ao PFL, hoje DEM, enquanto o PT aliou-se ao Partido Liberal, de José Alencar.

Essas alianças, no entanto, não abriram espaço para que o pensamento liberal ocupasse, ainda que parcialmente, a cena política. O máximo que propiciaram foi a divisão de cargos na máquina estatal. O ideário liberal, que tem na defesa da liberdade individual - e não apenas na defesa da economia de mercado - o seu epicentro, jamais esteve em primeiro plano. Esse tipo de parceria, movido apenas pela ocupação de espaços na máquina pública - e não pela defesa de idéias -, desfigurou doutrinariamente o quadro partidário.

A terminologia direita-esquerda-centro, com suas gradações de centro-direita e centro-esquerda, perdeu conteúdo e significado. O ex-presidente Lula, antes das eleições do ano passado, saudava como sinal de avanço e progresso político o fato de todos os candidatos à Presidência da República, na sua visão, serem de esquerda. Mas, no curso da campanha, seu partido chamava os adversários de “direita”, termo que deixou de designar um campo respeitável do pensamento doutrinário para tornar-se sinônimo de perversão ideológica, num cenário artificial, em que o monopólio do bem e da virtude estaria à esquerda.

Por aí, se vê que essa nomenclatura tornou-se inteiramente vazia, gerando mais confusão que esclarecimento, conferindo às campanhas eleitorais contornos de mera disputa mercadológica, em que os marqueteiros despontam como os grandes protagonistas. O resultado é a pobreza e a falsidade do debate político, que aprofundam o abismo entre sociedade e governantes. Hoje, os partidos são identificados não pelo que propõem, mas por sua posição em relação ao governo: oposição ou situação. Aos primeiros, cabe dizer não; aos segundos, dizer sim.

Não importa se o que está em pauta coincide ou não com o programa e a doutrina de cada qual. Oposição terá sempre que dizer não, como se fosse uma empresa de demolição, enquanto os da base aliada se comprometem incondicionalmente com o sim. Desnecessário dizer da indigência política, moral e filosófica de tal conjuntura. A política tornou-se mera disputa de poder, que deriva para um vale-tudo de promessas inexeqüíveis e demagógicas. Não há democracia que se consolide em tal quadro.

É preciso romper com esse círculo vicioso, herança ainda dos tempos do autoritarismo, que impôs ao quadro partidário brasileiro um caráter bipolar e frentista. No período militar, tínhamos de um lado uma frente de alianças em favor do regime; de outro, uma frente oposicionista, que ia da direita à esquerda. Naquela circunstância, de luta contra a ditadura, era o jeito. Mas veio a redemocratização e, com ela, o pluripartidarismo, que, no entanto, não rompeu com a estratégia das frentes híbridas, que desde então submetem a coerência doutrinária aos interesses fisiológicos e imediatistas de exercício do poder. O poder pelo poder, em que todos perseguem apenas a vitória eleitoral, sem a contrapartida de compromissos programáticos, morais ou filosóficos. O número crescente de abstenções e votos nulos (quase 36 milhões de brasileiros) nas eleições indica que a sociedade brasileira já está farta desse jogo artificial, insincero e improdutivo, que empobrece e corrompe a política.

Quer o fim da farsa; quer que os partidos sejam o que precisam ser: expressões efetivas de correntes de pensamento da sociedade; que convirjam a partir de idéias e ideais - e não em função do antagonismo ou protagonismo em relação a quem está circunstancialmente no poder, como ocorre hoje. Somente assim os partidos poderão cumprir o papel formador e formulador que têm perante a sociedade, como agentes do bem comum, das transformações e do progresso. Com as distorções atuais que aqui estou apenas resumindo, não há a menor chance.Cumpre, pois, que se inicie desde já um novo ciclo na vida política brasileira, em que se dê conteúdo doutrinário à democracia, em que cada agente político expresse convicções e seja cobrado pela fidelidade que tem a elas - e não a cargos e interesses menores. Isso não se resolve apenas com reformas nas leis que regem o sistema político. Mais que a reforma política, é preciso reformar a mentalidade dos agentes políticos. A nossa mentalidade.

Senhor Presidente, Senhoras e senhores senadores

É com esse propósito - e tendo em vista esse clamor da sociedade brasileira por renovação na política - que formalizo, aqui, desta tribuna, minha saída do Democratas, ao mesmo tempo em que anuncio que estou me associando às lideranças nacionais empenhadas em criar o Partido Social Democrático - o PSD. Esta decisão não deriva de rompimento, briga ou dissidência, mas da constatação de que se esgotou um ciclo - e não apenas um ciclo pessoal, mas conjuntural, político, um ciclo da vida partidária brasileira. E é preciso inaugurar um outro, de olhos postos no futuro. Tenho pelo Democratas respeito e reconhecimento pelo papel que desempenhou no processo de redemocratização, desde sua origem, em 1984, quando Partido da Frente Liberal. Coube-lhe garantir a eleição de Tancredo Neves e José Sarney no colégio eleitoral, propiciando a retomada pacífica do poder político pelos civis. Deu, posteriormente, sustentação aos dois governos de Fernando Henrique Cardoso e exerceu oposição aos dois governos de Lula. Cumpriu um belo papel histórico.

Considero, porém, que a parceria que nos uniu chegou ao fim. Atuação partidária hoje tem concepção distinta da minha no que se refere não apenas à prática interna da democracia, mas à postura de independência em relação ao quadro presente da política brasileira. Respeito e acato, mas já não me sinto em sintonia. Não mudei de idéias ou de identidade, mas já não vejo meios de implementá-las de onde estava. Fui criticada quando aqui votei pelo salário mínimo de R$ 545. Mas, na mesma ocasião, votei contra uma medida provisória que pretendia capitalizar o BNDES. Em ambas as ocasiões, votei tendo em vista a defesa de um princípio que o DEM e eu sempre postulamos: a responsabilidade fiscal. E assim entendo que deva ser. Um partido deve, acima de tudo, ter caráter, ser fiel a seu programa. Não há ética sem caráter.

Não vejo que o momento reclame atitudes simplistas de se filiar ao “sim” ou ao “não”. Não há grandeza nisso. Perguntam-me se o PSD fará oposição ou se fará parte da base do governo. Não é assim tão banal. Se fosse, não seria preciso criá-lo. É evidente que as forças políticas que sustentam o atual governo filiam-se a uma corrente de pensamento distinta da minha. No essencial, divergimos, o que não impede que, em alguns momentos, possamos convergir. Acusam o novo partido, que sequer saiu do papel, de servir a propósitos pessoais, de favorecer as carreiras de seus organizadores. Se fosse assim também, melhor seria não criá-lo. Mais fácil seria permanecer onde estávamos, já que a criação de um partido, no Brasil, efetivamente enraizado na sociedade e com propósitos definitivos - e é o que pretende o PSD -, é um empreendimento trabalhoso, caro e de alto risco. Lideranças como Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo, e Guilherme Afif Domingos, vice-governador de São Paulo, teriam meios bem mais cômodos de dar seqüência a seus projetos pessoais de onde estão. Ocupam cargos de grande influência, têm luz própria e não precisariam se expor a desafios desse porte.

O que constatamos é que o Brasil está no limiar de um novo tempo - e que só avançará se a política assimilar os novos paradigmas que lhe estão postos. E o principal é este: é preciso nitidez de compromissos. Não é admissível que a quinta economia do planeta, com o amplo horizonte que neste momento a ela se descortina no cenário mundial, não exerça interlocução com sua própria sociedade. Há um amplo segmento de cerca de 110 milhões de brasileiros da classe média órfãos dessa interlocução. Nosso ideário consagra a defesa da economia de mercado, como único regime capaz de gerar riqueza e sustentabilidade, sem as quais não se erradica a pobreza. Não cremos no Estado-empresário, que consideramos um falso brilhante. A experiência do socialismo real, nos diversos países que o adotaram, o evidencia. Ficaram mais pobres que antes. Nossa postura e votos, no Legislativo, levará sempre isso em conta. Quando esses postulados forem favorecidos, não poderemos nos opor. Quando forem contrariados, combateremos. Mas não só. A defesa do capital e da livre empresa nem é a maior urgência brasileira, já que dispõem de suas próprias defesas e nem chegaram a ser ameaçados pelos governos do PSDB e do PT.

O que vemos como urgência - e isso faz parte da reforma das mentalidades na política - é a defesa da liberdade individual, da liberdade de pensamento, liberdade para fazer suas escolhas (Liberalismo = Liberdade). Vemos cada vez mais o país sendo submetido à ação das patrulhas do pensamento, que impõem os dogmas do politicamente correto, criminalizando os que deles divergem. Liberdade de pensamento é o convívio civilizado com as idéias com que não concordamos, mesmo com as que eventualmente abominamos, nos limites da lei. Ser tolerante é tolerar o intolerável. É essa intolerância que ameaça o convívio democrático, empobrece o debate e impede a livre circulação de idéias na sociedade, não permitindo que seja juiz dos que disputam o seu voto. É essa intolerância que estigmatizou os que vêem no socialismo uma doutrina anacrônica, fracassada e ineficaz, associando o pensamento liberal ao totalitarismo fascista, que lhe é antípoda.

Socialismo e fascismo, sim, têm algo em comum: o culto ao Estado, que, em ambos os casos, deixa de servidor do cidadão para tornar-se seu dono, intrometendo-se crescentemente em questões inerentes à vida privada e ao arbítrio das famílias. É contra esse estigma ideológico, falso como uma nota de três reais, que combateremos. O termo “social” que adicionamos ao nome do partido indica que essa preocupação com as famílias de baixa renda ou sem renda nenhuma não é monopólio de ninguém e está longe de ter dono.

Como produtora rural e presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, posso afirmar - e os números nesse sentido são eloquentes - que o capitalismo no campo é o mais eficaz fator de erradicação da pobreza neste país. Se hoje temos superávits contínuos e crescentes na balança comercial; se temos hoje uma classe média rural em expansão; se oferecemos a melhor e mais barata comida do mundo; se hoje deixamos de importar alimentos, como o fazíamos há quatro décadas, e disputamos esse segmento do comércio internacional - não há dúvida de que isso se deve ao ambiente de livre competição que se estabeleceu no campo.

E isso apesar do combate sistemático que sofremos de grupos ideológicos, que insistem em nos associar ao atraso e à perversão política, como supostos herdeiros de uma mentalidade colonial. Os fatos conspiram contra essa versão, que, no entanto, continua a ser sustentada, inibindo o livre trânsito das idéias, falsificando-as. A hegemonia do pensamento esquerdista, que a estratégia gramsciana de revolução cultural inoculou na academia, estabeleceu a ditadura do pensamento. Quem hoje se sente à vontade, nas universidades e meios culturais, de se apresentar como sendo de direita ou liberal? Será renegado e excluído do debate, como um pária. E isso é trágico. Torna a democracia um engodo, um debate entre iguais, que deriva para uma luta por cargos. Nada mais. É para romper com esse paradigma e permitir que a sociedade brasileira - sobretudo sua classe média -, que se tem mostrado avessa à agenda comportamental do politicamente correto, que o PSD entra em cena.

As entidades representativas da sociedade civil têm seu papel, seu valor e seu espaço. Mas não podem monopolizar ou tutelar o debate. Representam parcelas da sociedade, mas não o todo. As minorias, ambientalistas ou produtores rurais não são segmentos isolados, com interesses que devam se sobrepor ao conjunto do qual fazem parte. Suas demandas têm que estar em sintonia com o todo e a ele se submeter. Não são intocáveis, nem inquestionáveis. As propostas que os contemplam - e algumas delas tramitam neste Congresso Nacional - não podem se revestir do status de sagrado, imunes a críticas, ponderações ou mesmo rejeições, se for o caso. E é o que presentemente ocorre, em face da ditadura do pensamento, incompatível com a essência da democracia. É na defesa dos valores libertários, que pairam acima de quaisquer outros - e que devem moldá-los - que o PSD anuncia seu ingresso nesta nova etapa da vida político-partidária brasileira.

Não seremos do contra: somos, e seremos sempre, a favor do Brasil: de sua gente, em sua multidiversidade - étnica, cultural e religiosa. Combateremos no campo das ideias, sempre ao lado de quem se disponha a endossá-las e fortalecê-las. O PSD será literalmente fiel aos seus princípios e ao seu ideário partidário. Convido a todos os Brasileiros para acompanhar em fiscalizar as ações que o PSD se dispõe.

Muito obrigada

http://coturnonoturno.blogspot.com/2011/04/entre-o-discurso-do-aecio-e-o-discurso.html

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Da série sabedoria popular

Esta é boa, ainda mais após a data de 31 de Março, dia da intervenção militar de 64. Certa feita, há pouco tempo na verdade, um amigo me disse ao finalizar uma conversa sobre o país: "...E tem mais, o regime militar na verdade foi um comunismo disfarçado. Afinal não havia novidades tecnológicas, os carros eram uma merda, o país era fechado para importações, e por aí vai."

Realmente, mas não se tratava de um comunismo disfarçado, mas sim de um estatismo exacerbado. Segundo Reinaldo Azevedo, o presidente-general Ernesto Geisel foi o maior criador de estatais do mundo!

Em um dos posts que reescrevi para um e-book próximo está lá sobre o governo de 64, respondendo minha amiga Milene Reis:

"O governo Geisel em fins da década de 70 criou mais de 100 estatais. A esta altura a diferença entre os militares e os antigos inimigos esquerdistas era o respeito à propriedade privada. Mas a hipertrofia estatal era similar"

E segue o escriba:

"A fatura foi cobrada nos anos 80. Para manter as inúmeras estatais deficitárias e sem poder se endividar mais, o governo apela para a impressão desmedida de papel-moeda. A chamada expansão monetária resulta em inflação galopante.

A inflação só é vencida em meados da década de 90 no governo FHC, com as privatizações e aumento da carga tributária para cobrir os ainda altos custos do governo; estas medidas equilibraram o fluxo de caixa do governo que deixou de imprimir papel-moeda desenfreadamente. Na verdade primeiro eles pararam de imprimir papel-moeda ao mudar para o Real, daí, pela necessidade, privatizaram e aumentaram impostos."


Pronto, está didaticamente explicado. Mas que foi engraçado meu amigo chamar a ditadura militar de comunismo, isso foi.