sábado, 29 de setembro de 2007

VEJA Che


Pois é, ainda bem que não estou só na luta contra o comunismo, he, he. Mas falando sério, na verdade é uma luta contra mitos e idéias errôneas. Digo isso pois a revista VEJA trouxe como matéria de capa o mito Che Guevara, que foi recentemente romanceado nas lentes do cineasta-burguês-filho-de-banqueiro Walter Moreira Salles (ahn, nada contra, mas é mais ou menos isso mesmo), no filme "Diários de Motocicleta"

Como ainda não postei todo meu arsenal anti-esquerda aqui, vou ter que me adiantar um pouco no caso de Che Guevara, pois a data de morte é apropriada e também pela matéria da VEJA. Vão os links, mas deixo uma dica, façam a busca "Che Guevara midia sem máscara" ou "Che Guevara farsa" ou afins. Vai ficar muito fácil de desmascarar o ídolo pop comuna.

Vamos lá então. Este é o melhor, está no blog Notalatina, e traz o vídeo "Che: anatomia de um mito", bem fácil de rodar, assistam, muito bom.


Do midia sem máscara (ótimo):


Sobre o filme "Cidade Perdida" (Lost City), assistam. Eu assisti com a Graciela e o Fabricio. E aê Pinguas cadê o blog? Nota: Quem assistiu "Diários de Motocicleta" DEVE assistir "Cidade perdida".

Janer Cristaldo lúcido e na veia, não o conhecia direito, agora com o blog da DMM me surpreendi com ele:
Che tomando uma cóquinha:


Beleza? No mais leiam a matéria da VEJA, aliás, tenho um link pra um compilado da matéria:



Este post é dedicado pro meu chapa Jurandir e pra minha prima Cleide que disseram que gostam do Che. Tudo bem, quando tinha 13 anos eu também gostava e até queria fazer uma espécie de biografia do argentino. Che bella ignorancia!

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Publicaram

O "Fábrica de asneiras".

http://www.correiodoestado.com.br/exibir.asp?chave=160844,1,1,25-09-2007

Aê seletos(as) leitores(as) do meu blog, ahn, não sei nem o que falar...bacana né? É nóis na fita mano, rs.

domingo, 23 de setembro de 2007

História mal contada







Um livro do MEC tem recebido atenção especial nos últimos dias. Trata-se da obra didática "Nova História Crítica – 8 série” de Mario Schmidt. Tal atenção deve-se ao fato do jornalista Ali Kamel ter apontado num artigo que o conteúdo do livro possui claras distorções dos fatos históricos e tendencialismo ideológico. O referido livro trata Mao Tse-tung, governante responsável por milhões de mortes na China, como um grande estadista. Diz que para nós do terceiro mundo, a vida na antiga URSS teria regalias que pareceriam um sonho, entre outros absurdos.

Embora a editora já tenha saído em defesa do seu autor, citando trechos do livro em que traz críticas aos desmandos comunistas, a desculpa não cola. Na verdade a crítica que o livro traz é a de dizer que a culpa do sistema não ter dado certo foi do autoritarismo dos burocratas e em palavras textuais: “Principalmente a intelligentsia (os profissionais com curso superior) tinham (sic) inveja da classe média dos países desenvolvidos.” As críticas do livro na verdade são desculpas que escondem as próprias falhas intrínsecas de um sistema condenado ao fracasso desde sua gênese.

Na obra há uma crítica contumaz ao capitalismo, como não podia deixar de ser, mas sem tecer nenhum comentário sobre algo de positivo em tal sistema. Já no socialismo almejado, tudo seria lindo e maravilhoso. Fica a mensagem implícita de que um outro mundo é possível, o velho bordão.

Sem querer amenizar os disparates de pura panfletagem ideológica no referido livro eu pergunto: E daí? Quem não sabe que a área de Humanas em especial nas Sociais está impregnada com ranço marxista e falácias maniqueístas dos mais diversos tipos? E isso há muito tempo. Lembro-me de um livro escolar de Geografia dos anos 80, acho que já no governo de José Sarney, em que era todo baseado no livro “As veias abertas da América Latina” de Eduardo Galeano. Tal livro foi considerado a bíblia do perfeito idiota latino-americano por Álvaro Vargas Llosa e outros escritores, haja vista a disseminação da obra no nosso continente e a quantidade de idéias equivocadas inseridas nela.

A própria Teoria da Dependência na qual se dizia que os países capitalistas mais avançados ("do centro") não deixavam os capitalistas menos avançados ("os periféricos") se desenvolverem ainda deve ser propalada nos meios acadêmicos e quiçá em livros escolares. Mesmo com os tigres asiáticos já tendo posto esta teoria no ridículo e o próprio pai dela, o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, ter dito anos depois: “Esqueçam o que eu escrevi!”.

O marxismo embora com todo seu fracasso teórico e principalmente prático, tomou banca em faculdades mundiais, mas nas brasileiras parece que se tornou monopolista e superou o status de hegemonia de pensamento, tornando-se uma Homogenia. Para quem não sabe Marx escreveu sua obra “O Capital” manipulando os dados dos Blue Books ingleses, pegando só os dados que lhe convinham e de 30 anos passados!

E mesmo Gramsci, o comunista italiano considerado o pai do totalitarismo moderno, é um autor glorificado em nossas Universidades.

O economista Böhm-Bawerk refutou a teoria econômica marxista, em especial a estapafúrdia “mais-valia”; os liberais austríacos Mises e Hayek já haviam vaticinado o fim dos sistemas totalitários comunistas praticamente logo após a implantação dos mesmos. O capitalismo, longe de representar a pauperização da classe operária, se transformou na sua verdadeira redenção, basta ver a diferença entre o que recebe um operário japonês e um operário semi-escravizado chinês, que entrega metade do que ganha ao Estado.

Mas nada disso encontra eco nos nossos livros de História de ensino fundamental e médio e nem nos ambientes acadêmicos dos cursos de Humanas. Não é a toa que em debates em comunidades da Internet, muitos acadêmicos e mesmo professores de tais áreas se vêem acuados e não raramente tem que se abster ou apelar para a desonestidade intelectual quando confrontados com simples leigos autodidatas ou profissionais liberais de setores produtivos, considerados por eles como parte da “burguesia” má e exploradora.

Mas e os alunos de tais professores, terão eles condições de discernimento e conhecimento para não se deixarem levar por idéias simplistas e errôneas?



* O sósia de Marx na foto não é o tal do professor Mario, mas bem que podia ser

**Ótimo texto do Janer Cristaldo:

***Meu artigo foi publicado pelo jornal Correio do Estado (estou com preguiça de conferir o dia, mas foi em Outubro), mas não está disponível on-line

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Estamos esperando



Estamos não, Estou esperando. Mas é pra fazer mais pressão. O Fabricio, mi colega, amigo, camarada, está com um blog mas por enquanto é secreto, está escrevendo mais textos, formatando, etc.


Aí Pinguas vamos ver esse blog logo!

Mudando um pouco de assunto...


Pronto, depois do artigo sobre os índios (arquivo de Agosto) vou postar algo a mais por aqui. É o seguinte a minha amiga Mô (acho que já posso chamá-la assim) postou algo muito interessante na comunidade do Meio Ambiente.

As vezes queremos mudar o mundo (mais na adolescência acho eu), mas não queremos mudar os hábitos. E por vezes ocorre por ignorância mesmo. Pois a Mô chamou a atenção pra algo simplíssimo do nosso cotidiano e que pode fazer uma grande diferença no meio ambiente e/ou pelo menos nos deixar com a consciência de estarmos fazendo a nossa parte, nem que seja um pouquinho apenas. Segue parte do texto e o link (acessem tem bastante coisa interessante):

"Óleo de cozinha na pia? Nunca mais!

Pequenas Atitudes que fazem a diferença. Acho que a maioria de nós sabe que não se deve jogar óleo de cozinhana pia, porém as pessoas alegam que não sabem o que fazer com o óleo usado. Então, o óleo acaba mesmo no ralo da pia, no esgoto e finalmente, nos rios, sufocando os peixes, acabando com um delicado equilíbrio que mantém vivos os rios. Descobri, há alguns dias, depois de muito procurar, que existe no Rio de Janeiro, uma cooperativa "disque óleo vegetal" tels. 21 2260.33267827.9446 / 7827.9449. Em outros estados deve haver um serviço semelhante. Informe-se!

O QUE FAZER ?Junte em garrafas pet, de dois litros, no mínimo, o óleo que seria jogado fora e, quando estiver com pelo menos uma garrafa cheia, liguepara eles. Eu, pessoalmente, telefonei e falei com o Caio, um rapaz super educado, que me deu todas as informações sobre a coleta.DISQUE ÓLEO VEGETALTelefones RJ: 21 2260.3326 / 7827.9446 / 7827.9449. Eles colhem o óleo e gordura de todo tipo em residências e restaurantes.NÃO CUSTA NADA!Eles até pagam se a quantidade for superior a 300 litros.

É uma boa idéia para os Condomínios implantarem a coleta de óleo e reverterem os trocadinhos para as pequenas despesas. Serve também para igrejas, cujos membros podem doar o óleo usado e o dinheirinho reverter para as despesas básicas. Boa iniciativa também para pequenas comunidades que têm seus catadores de papel, recicláveis etc.

PARA ONDE VAI O ÓLEO ? O óleo usado que jogaríamos em nossas caixas de gordura, vai para a Fábrica de Sabão Neutral que, por um processo de decantação, separa os resíduos do óleo e reaproveita para fazer sabão. Outras fábricas no Brasil, já fazem o mesmo e têm parcerias com restaurantes, escolas, hospitais, etc. O óleo serve para fazer sabão, shampoo e outros cremes de cabelo.

Peço então, aos amigos que colaborem, repassando essa notícia e principalmente ligando para lá, ao invés de jogarem o óleo no solo (que contaminará, certamente, lençóis freáticos) ou na pia (que entupirá o esgoto) , ..."

Eu nem sei o que se faz com o óleo aqui de casa. Quando eu resolver esse mistério falo pra vocês.

Continua a peleia

Pois é continuo assistindo de camarote a questão levantada por Ali Kamel sobre a panfletagem ideológica num livro de História que o MEC aprovou. E o lugar para se assistir isso é no blog do Reinaldo Azevedo.

"Pô, você falou que queria fugir dessa temática." Pois é, mas por enquanto o assunto tá rendendo e é interessante. Bom, pra galera que fez Biológicas ou Exatas, com certeza isso passa longe da realidade. Eu mesmo nem sabia que existiam mais idéias do gênero que o livro de História propalou.
Mas quem fez algo na área de Humanas, em especial nas Sociais, e pro pessoal de primeiro e segundo grau que tem aulas de História e Geografia e mais ainda agora que Sociologia está sendo lecionada em escolas, aí o bicho pega.

Só pra fazer justiça. Não tive professores dessas áreas extremamente vermelhos não. Um, o Givaldo, até que era mais altruísta. Tiveram outros piorzinhos, mas deixo pra depois.

Agora uma coisa, que eu tenho o sentimento que me omitiram informações isso eu tenho. Será que antes da publicação do "Livro negro do comunismo" não sabiam das milhões de mortes de tal sistema?

Até mesmo o Givaldo falava que os militares e conservadores em geral espalhavam que os comunistas comiam criancinha para disseminar o medo na população ignorante. Ainda hoje na Net se você entra num embate vigoroso com esquerdistas eles falam "Pô, você deve achar que comunista come criancinha."

Mas, pasmem, essa idéia tem fundamento. Não que os comunistas comiam criancinhas, mas que houveram casos de canibalismo em países comunistas, isso está comprovado. Em outro post dou mais informações.

Outra coisa, lógico que sei que não é porque alguém critica o capitalismo ou a ordem vigente que ele é comunista ou algo assim. Mas que boa parte dessas críticas já foram feitas pelos comunas e tratam-se de puras falácias, isso também é verdade.

Bom, vai aqui o link pro post do RA (Reinaldo Azevedo). Faço meu pequeno comentário. O ruim não é o tendencialismo e a pura falsificação da História, mas a falta de pluralidade e de honestidade.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Passando um Trotsky



Falei que escreveria um artigo por mês e olhe lá. É que eu não queria ficar preso aqui no blog, conectando toda hora. Tudo bem artigo não vou escrever pois nem sou tão sapiente assim, talvez apenas sapo, mas tem algumas coisas da rede que vou colocar aqui pra dar uma descontraída. Afinal tô com um tempinho livre miesm.(sotaque mineiro pra última frase)



Olhem aí. Primeiro um cara que diz que "pegaria" a Heloisa Helena. Textos pra derrubar as falácias de HH têm? Tenho sim, mas deixa pra lá, vamos rir um pouco.

http://www.carloscardoso.com/2006/08/08/heloisa-helena-eu-carcaria/

A outra é de uma comu que eu não conhecia. Gostei da foto e da piada. A foto eu pus aqui, as piadas vocês lêem lá. Té mais!

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=29071529

E o pau tá torando


He, he, he. O artigo do Kamel (vide post abaixo) já suscitou discórdia. A Editora do tal livro já fez uma declaração e metralhou também o Reinaldo Azevedo. Vou deixar o link pra vocês lerem.

Só um adendo. Eu não vou refutar tudo que a Editora declarou pois o Reinaldo já fez isso no blog, mas vou dar uma complementadinha.

Primeiro:o Kamel em momento nenhum citou o capitalismo como sistema perfeito ou coisa parecida.
Segundo: até hoje em disciplinas de Humanas eu só ouvi críticas ao capitalismo, nunca algo favorável, já ao socialismo só foi citado como exemplar, quando algo deu errado sempre vem seguido e uma desculpa "Aquilo não foi Socialismo." ou "Os burocratas do partido puseram a perder o ideal", etc
Terceiro: como negar as milhões de mortes causada por Mao (até o nome dele já remete a coisa ruim) e outros tiranos do gênero?


Apregoam que a África é pobre por causa do capitalismo, quando é justamente o contrário, é por falta de capitalismo que ela padece. Não seria assim o comunista Robert Mugabe já teria feito do Zimbábue um país melhor e não o desastre que está ocorrendo.

Ninguém quer fazer uma caça as bruxas. Pluralidade sim, mas é hora de se ter a honestidade como norte. Quem se habilita ao debate?

http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/2007/09/uma-nova-gerao-de-energmenos.html

ps: não sei porque mas o texto fica bem embaixo, tem que descer o cursor umas duas telas até ele

terça-feira, 18 de setembro de 2007

O que ensinam às nossas crianças*


*Autor:Ali Kamel, texto nesse link:http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/2007/09/nossas-crianas-esto-entregues-sanha.html; como vêem não sou apenas eu que se preocupa com o assunto. Comentarei em breve.

Não vou importunar o leitor com teorias sobre Gramsci, hegemonia, nada disso. Ao fim da leitura, tenho certeza de que todos vão entender o que se está fazendo com as nossas crianças e com que objetivo. O psicanalista Francisco Daudt me fez chegar às mãos o livro didático "Nova História Crítica, 8ª série" distribuído gratuitamente pelo MEC a 750 mil alunos da rede pública. O que ele leu ali é de dar medo. Apenas uma tentativa de fazer nossas crianças acreditarem que o capitalismo é mau e que a solução de todos os problemas é o socialismo, que só fracassou até aqui por culpa de burocratas autoritários. Impossível contar tudo o que há no livro. Por isso, cito apenas alguns trechos.

Sobre o que é hoje o capitalismo: "Terras, minas e empresas são propriedade privada. As decisões econômicas são tomadas pela burguesia, que busca o lucro pessoal. Para ampliar as vendas no mercado consumidor, há um esforço em fazer produtos modernos. Grandes diferenças sociais: a burguesia recebe muito mais do que o proletariado. O capitalismo funciona tanto com liberdades como em regimes autoritários."

Sobre o ideal marxista: "Terras, minas e empresas pertencem à coletividade. As decisões econômicas são tomadas democraticamente pelo povo trabalhador, visando o (sic) bem-estar social. Os produtores são os próprios consumidores, por isso tudo é feito com honestidade para agradar à (sic) toda a população. Não há mais ricos, e as diferenças sociais são pequenas. Amplas liberdades democráticas para os trabalhadores."

Sobre Mao Tse-tung: "Foi um grande estadista e comandante militar. Escreveu livros sobre política, filosofia e economia. Praticou esportes até a velhice. Amou inúmeras mulheres e por elas foi correspondido. Para muitos chineses, Mao é ainda um grande herói. Mas para os chineses anticomunistas, não passou de um ditador."Sobre a Revolução Cultural Chinesa: "Foi uma experiência socialista muito original. As novas propostas eram discutidas animadamente. Grandes cartazes murais, os dazibaos, abriam espaço para o povo manifestar seus pensamentos e suas críticas. Velhos administradores foram substituídos por rapazes cheios de idéias novas. Em todos os cantos, se falava da luta contra os quatro velhos: velhos hábitos, velhas culturas, velhas idéias, velhos costumes. (...) No início, o presidente Mao Tse-tung foi o grande incentivador da mobilização da juventude a favor da Revolução Cultural. (...) Milhões de jovens formavam a Guarda Vermelha, militantes totalmente dedicados à luta pelas mudanças. (...) Seus militantes invadiam fábricas, prefeituras e sedes do PC para prender dirigentes "politicamente esclerosados". (...) A Guarda Vermelha obrigou os burocratas a desfilar pelas ruas das cidades com cartazes pregados nas costas com dizeres do tipo: "Fui um burocrata mais preocupado com o meu cargo do que com o bem-estar do povo." As pessoas riam, jogavam objetos e até cuspiam. A Revolução Cultural entusiasmava e assustava ao mesmo tempo."

Sobre a Revolução Cubana e o paredão: "A reforma agrária, o confisco dos bens de empresas norte-americanas e o fuzilamento de torturadores do exército de Fulgêncio Batista tiveram inegável apoio popular." Sobre as primeiras medidas de Fidel: "O governo decretou que os aluguéis deveriam ser reduzidos em 50%, os livros escolares e os remédios, em 25%." Essas medidas eram justificadas assim: "Ninguém possui o direito de enriquecer com as necessidades vitais do povo de ter moradia, educação e saúde."

Sobre o futuro de Cuba, após as dificuldades enfrentadas, segundo o livro, pela oposição implacável dos EUA e o fim da ajuda da URSS: "Uma parte significativa da população cubana guarda a esperança de que se Fidel Castro sair do governo e o país voltar a ser capitalista, haverá muitos investimentos dos EUA. (...) Mas existe (sic) também as possibilidades de Cuba voltar a ter favelas e crianças abandonadas, como no tempo de Fulgêncio Batista. Quem pode saber?"

Sobre os motivos da derrocada da URSS: "É claro que a população soviética não estava passando fome. O desenvolvimento econômico e a boa distribuição de renda garantiam o lar e o jantar para cada cidadão. Não existia inflação nem desemprego. Todo ensino era gratuito e muitos filhos de operários e camponeses conseguiam cursar as melhores faculdades. (...) Medicina gratuita, aluguel que custava o preço de três maços de cigarro, grandes cidades sem crianças abandonadas nem favelas... Para nós, do Terceiro Mundo, quase um sonho não é verdade? Acontecia que o povo da segunda potência mundial não queria só melhores bens de consumo. Principalmente a intelligentsia (os profissionais com curso superior) tinham (sic) inveja da classe média dos países desenvolvidos (...) Queriam ter dois ou três carros importados na garagem de um casarão, freqüentar bons restaurantes, comprar aparelhagens eletrônicas sofisticadas, roupas de marcas famosas, jóias. (...) Karl Marx não pensava que o socialismo pudesse se desenvolver num único país, menos ainda numa nação atrasada e pobre como a Rússia tzarista. (...) Fica então uma velha pergunta: e se a revolução tivesse estourado num país desenvolvido como os EUA e a Alemanha? Teria fracassado também?"

Esses são apenas alguns poucos exemplos. Há muito mais. De que forma nossas crianças poderão saber que Mao foi um assassino frio de multidões? Que a Revolução Cultural foi uma das maiores insanidades que o mundo presenciou, levando à morte de milhões? Que Cuba é responsável pelos seus fracassos e que o paredão levou à morte, em julgamentos sumários, não torturadores, mas milhares de oponentes do novo regime? E que a URSS não desabou por sentimentos de inveja, mas porque o socialismo real, uma ditadura que esmaga o indivíduo, provou-se não um sonho, mas apenas um pesadelo?

Nossas crianças estão sendo enganadas, a cabeça delas vem sendo trabalhada, e o efeito disso será sentido em poucos anos. É isso o que deseja o MEC? Se não for, algo precisa ser feito, pelo ministério, pelo congresso, por alguém.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Fábrica de asneiras


O atual governo que manteve a linha econômica do antigo, com o ex-tucano Henrique Meirelles no comando do Banco Central, em nome do controle inflacionário obtido no governo anterior; que se utilizou e alargou a rede de proteção social também do antigo governo e que teve a felicidade de pegar os bons ventos de prosperidade econômica mundial, em grande parte gerada pela abertura de China e Índia para o capitalismo mundial, nos brinda com atos de obsoletismo ideológico.

Digo isso por três fatos recentes. Em ordem: o apoio ao lançamento de um livro trazendo a memória das vítimas da ditadura militar brasileira, com clara condenação aos militares; um plebiscito inferindo sobre a reestatização da mineradora Vale do Rio Doce e uma auto-definição no 3 encontro do PT.

A despeito das mortes que os antigos guerrilheiros causaram (123 no total, entre civis e militares), como a do Tenente Alberto Mendes Júnior, morto a coronhadas a mando de Carlos Lamarca, as indenizações concedidas aos perseguidos políticos já custaram R$ 3,5 bilhões aos cofres públicos, sendo que a cada mês, as pensões somam outros R$ 28 milhões O próprio presidente Lula ganha 4 mil reais por mês por ter dormido uma noite no DOPS. Já foram concedidas 17 mil reparações, 13 mil foram rejeitadas, mas ainda há outras 30 mil na fila. Isso que somadas todas as vítimas, incluindo guerrilheiros que foram mortos pelos próprios companheiros (os famigerados justiçamentos), chega-se a 424 pessoas.


Não é o fato de se justificar excessos por parte dos militares, mas é interessante notar que boa parte dessa turma revanchista do atual governo é admiradora de Fidel Castro, mesmo esse sendo responsável direto pela morte de 17 mil cubanos, boa parte fuzilada no paredón, e a democracia cubana ser tão verdadeira quanto uma nota de três reais. No Brasil a História tem sido escrita somente pela versão dos perdedores. Que se abram os arquivos da ditadura e que caiam as máscaras de certas pessoas que hoje posam de heróis em pretensa luta pela democracia.

Quanto a Companhia Vale do Rio Doce ser reestatizada é mais implausível ainda. Ela foi vendida em leilão aberto, se houve irregularidades que se apurem devidamente, mas novamente os dados derrubam as falácias. O lucro da Vale estatal oscilava em torno dos R$ 500 milhões por ano, hoje, esse lucro passa dos R$ 10 bilhões. E isso gera a discrepância entre o valor pelo qual ela foi vendida e o valor atual, motivo da reclamação dos que clamam contra a privatização da empresa. Só de imposto de renda, a Vale pagou mais de R$ 2 bilhões em 2005! Gestão competente sem loteamento político ou aparelhamento por “companheiros” resulta nisso.

A Vale privatizada traz mais lucro para o país e menos risco de se haver manipulações espúrias como as que levaram a CPI dos Correios, tampouco desvios de verbas para caixas 2, mensalões, cuecas endinheiradas, etc. E será que alguém sente saudades da Telebrás em que tínhamos que ficar meses, quiçá anos, esperando pela instalação de uma linha telefônica? Porque não pedem para reestatizar o setor de telefonia?

Termino com uma afirmação da última reunião do PT em que eles refizeram seu credo socialista e declararam-se anticapitalistas. Ora, conversa pra boi dormir. É o velho canto da sereia para reatrair a antiga militância, os inocentes úteis, que debandaram com os sucessivos escândalos que cercaram o PT nos últimos anos.

Mas vá lá, vamos dizer que a ideologia deles é pra valer. O que seria o socialismo do PT? Não é o socialismo comuno-marxista que brindou o mundo com mais de 100 milhões de mortes. Também não é a social-democracia escandinava em muito baseada no antigo Welfare State norte-americano. Que raios de socialismo petista é esse então? Não seria o velho populismo conjugado com um aparelhamento do Estado pela companheirada e admitindo práticas de mercado que pudesse financiar tudo isso, lógico que sem deixar o clientelismo de lado?

E aí também reside outro absurdo da assertiva do PT. Declararam-se anticapitalistas. Mas quem financia o Estado? Quem gera capital e trabalho? Por acaso o Japão, Coréia do Sul, Taiwan e outros países asiáticos outrora pobres geraram prosperidade pra sua população por outro meio que não o capitalismo? A China não tem obtido crescimento econômico e tirado da miséria parte do seu povo com o advento de práticas capitalistas de mercado?


Perguntas que encontram respostas na demagogia política e na ignorância e anacronismo ideológico de pessoas como Marco Aurélio “Top-top” Garcia, o dirigente do PT que escreveu o ato declaratório do partido. Seria cômico se não fosse trágico o fato que muitas dessas idéias são repetidas nas Universidades, em especial em cursos de Humanas, por pessoas que se dizem progressistas sem saber que seu progressismo nos remete ao século 19.

Sobre a Vale:
Publicado pelo Correio:

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

O Ataque dos Vermes Comunistas


Acham que é brincadeira o título desse texto? Mas não é não! Nem se trata de um filme trash e muito menos da volta de umas fitas de Atari na qual você tinha que lutar contra uns comunistas marcianos.

Que nada, o título é pra fazer galhofa mesmo, mas tem sua razão. Explico-me. Meu ex-professor (que vergonha) continua postando sandices no Correio do Estado. Vejam com seus próprios olhos:
http://www.correiodoestado.com.br/exibir.asp?chave=160029,1,1,12-09-2007

Criticar sempre é importante pra nos atentarmos para possíveis efeitos deletérios de qualquer coisa, mas a crítica que ele traz não passa de repetição de clichês. Fidel e Chavez também são críticos do etanol, vejam só. Mas os prós e contras da cultura canavieira eu deixo pra depois, o que mais me aborreceu foi o fato do Hermano citar Eduardo Galeano no fim do seu texto.

Pra quem não sabe Eduardo Galeano é autor de um livro chamado "As Veias Abertas da América Latina", um livro de teor vitimista e que justifica nosso subdesenvolvimento aos males do colonialismo e do imperialismo. O problema é que o livro indica como saída para nossos problemas tudo o que deu errado no mundo. Trocando em miúdos, o socialismo nos moldes cubanos.Pra piorar saibam que esse livro foi amplamente utilizado como fonte em disciplinas como Geografia e História nos anos 80.

Não foi por acaso que este livro foi considerado a bíblia do "perfeito idiota latino-americano", no livro de Alvaro Vargas Llosa e cia intitulado "Manual do perfeito idiota latino-americano". A realidade parece que não bateu a porta de muitos pretensos formadores de opinião. A pobreza existe, mas a solução para ela não está nas ações apregoadas por tais pessoas.

Aqui na net começamos a usar mais frequentemente o adjetivo comunista e muitas vezes de brincadeira, pra tirar sarro de quem é simplesmente esquerdista um pouco mais da moda antiga. Não creio que o Hermano seja contra a propriedade privada e nem na estatização de 100% da Economia. Mas que ele é anti-capitalista (pelo menos ideologicamente) e simpático a atos que fracassaram no mundo inteiro isto é.

E continua postando isso no jornal da cidade. Bem que eu tentei me desligar dessa temática, mas diante de tamanha asneira não dá pra ficar quieto. Parece um ataque inesperado mesmo, um ataque dos vermes comunistas.


Por enquanto acho que não vou rebater o artigo, como fiz com o outro, vai parecer perseguição; e eu só chutar Galeano talvez não fosse motivo para publicação no jornal que preza por assuntos do cotidiano.

Aguardemos.



Sugestão de leitura, ótimo texto:
http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=6032&language=pt

sábado, 8 de setembro de 2007

Algumas considerações

Alguns amigos e colegas podem pensar o seguinte ao ler este blog: “Putz, o Guto tá maluco, que que ele tem que ficar escrevendo sobre essas coisas? Porque ele tá fazendo isso?”
Digo isso pois a maioria dos (poucos) textos tem conteúdo Histórico e de caráter político-ideológico. Bom, posso dizer que com auxílio da Internet não só eu, mas qualquer um toma conhecimento acerca de fatos e coisas que não tinha domínio. Óbvio que há que se filtrar, pois lixo é o que não falta na rede.

Pois bem, como jovem estudioso que fui e preocupado com os caminhos do mundo como acredito que a maioria também foi ou ainda é, o discurso de cunho social sempre soou bonito e interessante. Embora nunca tenha me iludido com nenhum partido político, a essência esquerdista era a que soava mais simpática. Também os fatos históricos pintavam um quadro um pouco óbvio do mundo.

Acontece que a Internet (mais propriamente no orkut) me mostrou os dois lados da moeda. Tanto de pessoas que tem uma concepção que remete ao século 19, coisa que eu pensava naturalmente superada sem ser preciso uso de argumentos, mas os simples fatos da realidade; como também tomei conhecimento dos fatos e argumentos ditos pelo outro lado que não esquerdistas.

Ou alguém sabia já há mais tempo que os comunistas mataram mais que os nazistas? 100 milhões de pessoas é o número por baixo do que foi morto graças à doutrina marxista e anti-capitalista. Alguém sabia que nazismo é corruptela de nacional-socialismo, que o partido de Hitler se chamava Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães? Que Hitler passava longe de ser Direita, embora digam isso até hoje em salas de aula por aí? Que Cuba é um lixo completo, uma empulhação? Eu não sabia.

O Socialismo bonzinho apregoado por farsantes ou ignorantes não passa de populismo rasteiro ou demagogia. E que seria pior ainda se fosse usado o socialismo verdadeiro. Temos um misto de social-democracia capenga com um capitalismo raquítico.

Faz tempo que eu jogo no óbvio e fácil. Porque não nos mirarmos em bons exemplos? Será que é tão difícil? Para pretensos intelectuais e formadores de opinião parece que sim.

Pois é. Por enquanto esses textos que produzi e os links que coloquei são pra finalmente, com a liberdade que a Internet propiciou, podermos ter outras visões do que foi massificado em salas de aula e que em muito tem prestado um desserviço ao país principalmente sob a égide ideológica de partidos políticos e chamados formadores de opinião.

Nada mais que isso. Apenas deixo registrado para compartilhar com queira. Espero ter outros temas para breve.


Notícia sobre ideologização no ensino (charge cômica):
http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/impressa/educacao/conteudo.phtml?id=694872&tit=Vestibular-vermelho