domingo, 8 de fevereiro de 2009

Lulla, o neoliberal

Ninguém comentou muito, mas na iminência da crise, o governo abaixou o IPI dos automóveis. Ano passado foi uma queda de braço pra acabar com a CMPF, esta o governo queria manter.

Mais do que ideologia, o governo, independente de partidos, vive numa situação de soma de vetores (lembram-se das aulas de matemática e física?). Funciona mais ou menos assim.

Um lado clama por mais serviços do Estado. Além dos clássicos, Educação, Saúde, Segurança, Infra-estrutura, etc, há demanda pra todo tipo de ajuda governamental. Lembro-me na grande crise do agronegócio (basicamente carne, leite, milho e soja), na qual os integrantes da cadeia produtiva pediam por preços mínimos, proteção, etc.

O mesmo ocorre com o sistema sindical. Sempre e aproximam do governo para colher benesses.

E há também o vetor que pede menos impostos, menos taxas, etc. Sem dúvida, baixos impostos são benéficos para sociedade.

Um grande problema não são simplesmente os impostos, mas o mau uso deles. Em post próximo comentarei mais.

De qualquer forma o que se pode filtrar é isso. O governo sofre influência de grupos de pressão, uns pedindo mais serviços e benesses e outros pedindo menos tungagem no bolso. Isto entre outras coisas que o próprio governo procede ativamente (clientelismo, fisiologismo, etc).

Desta soma de vetores é que se faz o "deslocamento" das ações estatais.

A palavra "Liberdade" que os anglo-saxões utilizam, seria muito melhor traduzida para o português, nessa relação indivíduo-estado, pela palavra "Independência".

Ou seja, os anglo-saxões quando falam que prezam a Liberdade, na verdade referem-se ao ato de agirem sem a necessidade de ajuda/intervenção estatal, portanto de maneira independente do governo.

É isso.