sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Novo link, depoimento surpreendente e ao mesmo tempo não




"Vocês acreditam que eu estudei História na UFRJ durante 5 anos sem jamais ter ouvido um professor mencionar o nome de Friedrich Hayek? Nem eu. É inacreditável mesmo. Aliás, também passaram em brancas nuvens Mises, Voegelin, Arendt, Paul Johnson, Popper, Jean-François Revel, Bohn-Bawerk, Milton Friedman... Pior ainda, eu não me lembro de ter ouvido falar de Edmund Burke, John Stuart Mill, Wilhelm von Humboldt, Bastiat ou Benjamin Constant (o francês, pois o positivista brasileiro era mencionado com freqüência). Adam Smith e David Ricardo eram citados en passant, como figurantes na história econômica anterior à chegada do Profeta (você imagina quem seja, não é?).

E eu freqüentava as aulas com relativa assiduidade e era excelente aluno, possivelmente o melhor de meu ano (o que não era nenhuma vantagem, pois eu fiz faculdade à noite com colegas que tinham extrema dificuldade em escrever um texto com três parágrafos que fizesse algum sentido). Portanto, eu não deixei de "descobrir" parte dos autores acima por ter vagabundeado durante a faculdade.

Eu sequer estou exigindo aulas inteiras sobre os autores acima (embora qualquer faculdade decente devesse incluí-las na ementa de certas disciplinas). Mas, cacete, ao menos não deixem os alunos sairem da faculdade ignorando a existência de alguns dos pensadores mais importantes dos séculos XIX e XX!

Por essas e outras que eu até hoje não me animei a entregar a monografia de fim de curso.
Para que serve o diploma de faculdades de História desse tipo? É melhor ler os blogues listados aí ao lado. Afinal de contas, foi neles que eu li pela primeira vez o nome de vários dos escritores e pensadores mais importantes que já passaram pela face da Terra."

Pois é, não é a toa que os professores da área só sabem falar mal do capitalismo e nem sabem o porquê do fracasso do comuno-socialismo. Acho que nem social-democracia eles sabem direito o que é. Já há muito tempo está indicado onde fica o ovo da serpente.
E notem a frase que grifei. Foi na Internet, através dos blogs que ele conseguiu acesso as informações que não os velhos clichês esquerdistas. Antes tarde do que nunca, o mesmo se deu comigo.
Ah!, o depoimento é do Nemerson Lavoura, do blog Resistência. Linkado e recomendado.