Meu pc anda com problemas, por isso a página não está no formato usual e os links não vão completos, têm que ser copiados e colados na barra de endereço. Mas resolvi fazer essa coletânea de textos (poucos, mas bons).
A Nanci veio falar que tento modificar a História. Nada disso, apenas tento fugir dos clichês que "eles" acreditam. Maidana e Fabricio dizem que não havia risco nenhum em 64. Não concordo. Imaginem se Jango não iria insurgir o restante das Forças Armadas, a exemplo do que fez na Marinha, para levar seu projeto adiante. O próprio Fabricio me disse que ao ler Gaspari, notou que em 64 seria um ou outro grupo a tomar o poder. Fala aí, Fabricio.
Vamos lá então. Especial sobre 64, o fato histórico que mais traz implicações na nossa realidade atual.Vamos tentar jogar mais luzes no negócio. A melhor passagem vai abaixo, do Reinaldo Azevedo, mas tem outras boas. Bon voyage.
"...Não! Não estou sendo dedo-duro de ninguém. Estou lembrando a história como ela é. Estou lhes dizendo que aqueles rapazes — Cony, Callado, Dines — faziam bem em desconfiar das intenções de um protoditador como João Goulart. Mas foram certamente ingênuos em achar que golpes de estado restauram a democracia — e, em 1968, o AI-5 deixaria isso claro. A história é um pouco mais nuançada do que essa pantomima de reparações que se tenta viver hoje. Já escrevi aqui e reitero: o livro Os Idos de Março merece reedição. É bom. Jango caiu por excelentes motivos. E uma ditadura foi instalada por péssimos motivos. Política se faz entre homens, não entre santos; existe até entre as putas, mas não entre as imaculadas. Assim, não venham reivindicar pureza pregressa para bater a carteira dos brasileiros."
http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/2008/04/escolhas-histria-mentalidades.html
"Falava-se em cortar cabeças, essas palavras não eram metáforas. Se as esquerdas tomassem o poder haveria, provavelmente, a resistência das direitas e poderia acontecer um confronto de grandes proporções no Brasil - atesta Daniel Aarão Reis, professor de História da UFF e ex-guerrilheiro do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8). - Pior, haveria o que há sempre nesses processos e no coroamento deles: fuzilamento e cabeças cortadas.” “Ninguém estava pensando em reempossar João Goulart”
http://www.averdadesufocada.com/index.php?option=com_content&task=view&id=994
Desfazendo alguns mitos sobre 64(melhor coletânea de textos no Orkut):
Desfazendo alguns mitos sobre 64.
Por Heitor De Paola
"Basta olhar quem hoje está no poder político da Nação para perceber que são os derrotados militarmente em 64, que venceram uma das batalhas mais importantes: a cultural. Refugiando-se nesta área negligenciada pelos governos militares, e baseando-se na desinformação e nas teses de Gramsci, passaram a escrever grande parte da história, principalmente aquela de alcance público, acadêmico e nas escolas de todos os níveis, novelas e minisséries de TV...
...Não havia, pois, opção democrática alguma. Restava decidir se teríamos o predomínio dos comunistas ou uma re-edição do Estado Novo ou de uma ditadura peronista, chefiados por Jango...
...Mas o documento em que a AP se declarava francamente a favor da instalação de uma ditadura ao estilo maoísta foi mantido secreto até para os militantes da base...
...Em janeiro de 68, 11 meses antes da edição do AI 5, a luta foi implementada por todas as organizações revolucionárias, menos o PCB. A AP “rachou”, eu fiquei do lado contrário à maluquice da luta armada e saí, não sem sofrer posteriormente sérias ameaças de meus “companheiros...”
Heitor De Paola é escritor e comentarista político...E é ex-militante da organização comunista clandestina, Ação Popular (AP).
http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=19699594&tid=2523919331576532630
Há mais textos nesse link do Orkut, todos muito bons. Sou a favor do regime militar? Não. Parece que a herança tenentista e positivista dos militares, principalmente os da linha-dura, já os atiçavam na tomada do poder. Os comunas e revolucionários forneceram um bom álibi para os milicos. A democracia rodou.Retomo a frase do RA: "Jango caiu por excelentes motivos. E uma ditadura foi instalada por péssimos motivos."
Saldo para o Brasil (no link do RA):
"O espeto, que hoje já passa de R$ 3 bilhões — além de mais de R$ 28 milhões mensais — vai crescer. Basta, como sabemos, que o sujeito alegue algum pedigree esquerdista e que tenha sido demitido do emprego, ainda que por incompetência, e lá vai o estado reparar o agravo...
Nota na coluna de Elio Gaspari de hoje: “Para o banco de dados do Planalto: em 1952, a Alemanha negociou um acordo com o governo de Israel e se comprometeu a pagar 3 bilhões de marcos (US$ 5,8 bilhões em dinheiro de hoje) como reparação pelo que o nazismo fez aos judeus.O Bolsa Ditadura já custou à Viúva US$ 1,5 bilhão.”
Vou terminar aqui. Sem muito tempo e blogger ou pc com problemas.Até.