Cá estou, (comentando post acima):
É, o Alma, apelido do autor do texto, segundo o próprio, também lê o Reinaldo Azevedo. Ele que traz esta informação de 0,7% de Raposa Serra do Sol ser de arrozeiros.
Será que o Alma já leu algum texto meu no Correio? O cara anda na cidade pelo jeito, bateu uma foto de uns outdoors da via parque.
Mas é bacana que ele escreva na scot consultoria, o enfoque na área de produção rural era essencialmente técnico até há pouco tempo atrás, somente o Xico Graziano se destacava mais em escrever coisas que abrangiam a sociedade, etc.
Bom, o texto procede e mostra um paradoxo, mas esconde outro. O problema indígena já se arrasta por um bom tempo e façamos um mea culpa também com a responsabilidade do setor rural.
Há quanto tempo se morrem índios de suicídio, assassinatos, etc e pouco se ouviu da classe rural sobre o assunto. O que acontecia então? Os "entendidos" falavam que era falta de terra para os índios. Mentira, não é simplesmente isso.
Mas a falácia prosperava. Porque nenhum representante rural ou político tomava à frente e contradizia a FUNAI, Cimi e outros?
O que aconteceu então?
A situação se arrastou e teve que se chegar num certo ápice. Em fevereiro índios e representantes pressionaram Márcio Meira para que se ocorresse demarcações no estado, foram muitos suicídios em 2007, em fevereiro de 2008 pai e filho se mataram simultaneamente numa comunidade nhandeva que não tinha histórico de suicídios.
Só pra lembrar, eu escrevi "Índios: morte anunciada" nos primeiros posts deste blog, há mais de um ano.
A mensagem é essa, há mais falácias e inimigos, os produtores têm que sair para o debate ou ficarão eternamente em posição defensiva.
As opiniões do Alma, assim como praticamente de todos do setor rural estão corretas, mas já deveriam ter sido proferidas há muito tempo.
Eu tenho a felicidade (ou consciência tranquila) de ter feito isto.