segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Kaiowás, não! Caiuás.

É interessante como os indigenistas vem se referindo aos guarani-caiuás do sul do estado. Ao invés de escreverem “caiuás” que foi o que eu sempre li quando criança em Dourados, tanto que há até uma rádio com este nome por lá, agora só vejo a grafia “kaiowás”. Confesso que a princípio nem havia percebido que tratava-se da mesma etnia, pensava que eram outros indígenas.

Ora, os índios eram ágrafos, eles não haviam desenvolvido a escrita, então suponho que esta grafia vem sendo implantada pelos brancos indigenistas. Porque usar o “k” e o “w”, que não fazem parte do alfabeto português, seria só para complicar? Penso que provavelmente são levados por dois aspectos nesse “desaportuguesamento” da palavra.

1-Uma tentativa de tratar os índios como um povo muito diferente. O “k” e o “w” então estariam cumprindo a missão de deixar este povo como não-brasileiros, não-integrados, ou algo do tipo.

2 – Um simples estrangeirismo. O “k” e o “w” fazem parte do alfabeto anglo-saxão, de forma que os indigenistas sempre tão ligados com ONG’s estrangeiras aproximariam mais os índios destes povos. É mais fácil para um gringo ler e pronunciar “kaiowas” do que “caiuás”.

Qualquer que seja o motivo trata-se de uma grande bobeira. Parece realmente que é algo só para complicar. Os índios falam português, se alfabetizam em português, garanto que se pedirem para eles mesmo se denominarem irão escrever “caiuás”.

Outras etnias, pelas letras da palavra, não puderam ser vítimas dos militantes-estrangeiristas. Guaranis, terenas, guatós, etc. Se bem que já li “Kayapó” ao invés de “Caiapó”.

A imprensa engoliu o “kaiowás” dos militantes, só tenho lido esta grafia na mídia. Mas eu não, escreverei sempre “caiuás”. Os índios são cidadãos brasileiros e como brasileiros devem ser tratados e denominados.


ps: Meu amigo Mário me alertou para o fato de que as letras "k", "w" e "y" estão agora fazendo parte do nosso alfabeto. Tudo bem, até acho justo, eu mesmo tenho um "y" em um dos meus nomes; e o que dizer dos nossos Wellingtons, Wanderleis (ou leys), Kátias, etc

Mas continuo pensando que os militantes indigenistas só querem dar um complicada no nome das etnias para dar um toque de separação, de diferente, ou seja, trata-se de uma babaquice e frescura.

Ah, Mário, também acho que esta reforma ortográfica tirando os acentos diferenciais, em especial o agudo, ficou uma bosta.