domingo, 13 de setembro de 2009

Capitalismo e carne vermelha


Quem nunca ouviu que carne vermelha faz mal? Riscos de colesterol, infarto, etc. Implicitamente parecia que a cor da carne era algo maléfico, o ideal seria consumir carnes brancas, de aves e peixes. À carne vermelha reservava-se o alerta de moderar o consumo.

Caros leitores e quanto ao capitalismo, ou seja qual for o nome do sistema econômico que vivemos, quem não ouviu pilhas de acusações? Um sistema injusto, opressor, desigual, etc. Também havia a formação de opinião maniqueísta e implícita de que o capitalismo era “do mal”, coisa de pessoas dinheiristas e egoístas.

Pois bem, não é fácil destruir inúmeras falácias em poucas linhas, mas pelo menos algumas informações relevantes podem ser fornecidas, e uma ligação entre capitalismo e carne vermelha pode ser realizada. Vamos primeiro à carne vermelha, esta fonte nobre de proteínas, aminoácidos, vitaminas e minerais, e que é tão vilipendiada. Quando e como a espécie humana começou a consumir carne?

Há cerca de 2,8 milhões de anos, produziu-se uma mudança climática que, no hemisfério norte, se traduziu num avanço do gelo e, na África equatorial e tropical, por uma redução do bosque e um avanço da savana. Muitos especialistas relacionam estas mudanças com o desaparecimento dos últimos Australopithecus e o aparecimento dos novos gêneros: Paranthropus e Homo. Estes novos gêneros estariam adaptados a este novo ecossistema, porém com soluções diferentes.
O gênero Homo escolheu uma dieta onívora, ou seja, além de vegetais, consumia carne. Já o gênero Paranthropus escolheu uma dieta vegetariana, continuando com a mesma dieta dos seus antecessores, porém mais especializada, com a inclusão de vegetais mais fibrosos, típicos da savana.

Ao optar por isso, os Paranthropus, precisaram ganhar uma mastigação “pesada". Para ter uma mandíbula eficaz para uma alimentação vegetariana foi necessário abrir mão do crescimento da caixa craniana e consequentemente do cérebro que não podia ser muito grande devido a pressão exercida pelas mandíbulas e dentes adaptados para mastigação contínua de vegetais altamente fibrosos.

Também não é de se admirar que a baixa quantidade de proteínas de boa biodisponibilidade da dieta dificultassem o desenvolvimento cerebral.

Resultado: os Paranthropus se extinguiram com o passar das gerações. A falta de adaptabilidade à outras mudanças do ambiente e a pouca inteligência foram cruciais para isso.

Já o gênero Homo que optou por uma dieta mais diversificada com a inclusão da carne, favorecendo o desenvolvimento cerebral e a diminuição do tamanho do trato gastro-intestinal, prosperou e evoluiu até atingir o atual estágio em que estamos, o de Homo sapiens sapiens.


Diversos estudos mostram a correlação entre o Ferro e o Zinco na capacidade de cognição, ou seja, na inteligência. A carne vermelha é uma das fontes mais ricas e que apresentam maior biodisponibilidade nesses dois minerais.

Um trabalho com 544 garotos realizado ao longo de dois anos por cientistas do Serviço de Pesquisa Agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos concluiu o seguinte: aquelas que comiam carne vermelha cresciam mais e apresentavam melhor desempenho escolar quando comparadas com a meninada vegetariana.

O consumo de carne, como vimos, foi primordial na evolução de nossa espécie e ainda é fundamental no bom desenvolvimento dos indivíduos.

A carne vermelha, entretanto, é especialmente mais mal-vista, ou difamada, do que a carne branca. Qual a razão da coloração avermelhada? Devido ao maior índice de mioglobina contida nela. A mioglobina é uma proteína que serve como reserva de oxigênio, e que possui Ferro na sua estrutura molecular.

A carne é vermelha essencialmente por isso. Ou seja, é mais nutritiva.

Já quanto ao capitalismo emprestarei as palavras de Ludwig von Mises, no seu livro “As seis lições”, ao responder um hipotético anticapitalista: “Sabe que a população deste planeta é hoje 10 vezes superior que nos períodos precedentes ao capitalismo?Sabe que os homens hoje usufruem de uma padrão de vida mais elevado que os de seus ancestrais antes do advento do capitalismo? Sua mera existência é uma prova do êxito do capitalismo.”

Realmente, a humanidade experimentou uma explosão populacional após a Revolução Industrial. A produção em massa visando atender a demanda, seja qual ela fosse (alimentos, vestuário, medicamentos, bens de consumo, etc), propiciou a multiplicação da população mundial.

Já o sistema que pretendia combater o capitalismo, com apregoadas intenções humanistas, foi a maior máquina de matar pessoas já vista na face da Terra. Citando este que vos escreve: “A pobreza não está no capitalismo. Mas na ausência ou no nível de desenvolvimento deste.”. Os melhores países do mundo são os mais capitalistas. Eles não devem ser criticados, mas imitados.

Curiosamente foi a partir de alguns meios acadêmicos que tanto a carne vermelha quanto o capitalismo foram combatidos. Médicos e nutricionistas (com honrosas exceções, é claro) contra a carne vermelha. Sociólogos e afins contra o capitalismo. É uma batalha de estudiosos com altas doses de tendencialismo e, às vezes, má-fé, contra a natureza das pessoas comuns. Sim, o capitalismo, assim como o consumo de carne, fazem parte (graças a Deus) da natureza humana. Por isso chegamos até onde estamos.

Evolução da espécie. Multiplicação da espécie. Prosperidade da espécie. Não é pouca coisa. Que tal um churrasco para comemorar?





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Uma fonte de informação usada, o blog Meavels:


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