segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Aviso
Mancada flamenguista
Eu deveria ter ficado mais contente com o título, como flamenguista que sou, mas futebol, convenhamos é apenas um esporte e nada mais.
Para minha surpresa, não tão inesperada assim, eis que surge Lulla tentando faturar em cima do título do Flamengo, o time com a maior torcida do Brasil.
Lulla, está no papel de Lulla. Oportunista, safado, mas e o Flamengo precisava pagar este mico? Querem refazer o patrocínio que tinham da PeTrobrás?
Um time que se fosse bem gerido poderia ser o Real Madri brasileiro, com caixa altamente positivo, mas que está atolado em dívidas.
Triste porém verdadeiro. E do Flamengo mesmo, mantenho o respeito pela geração de Zico e companhia. Futebol é um esporte e nada mais.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Honduras, o menino do MEP da democracia


Acompanhar a política nacional e internacional é mais interessante que assistir qualquer filme de Hollywood ou novela da Globo. Vejam só. É sabido que as esquerdas bolivarianas nutrem desprezo pela democracia representativa e que a estratégia para se perpetuar no poder tem se dado por meio de plebiscitos precedidos de altas doses de assistencialismo e achaque às oposições. Foi assim na Venezuela, Bolívia, Equador, um pequeno flerte no Brasil e, por último, Honduras seguia essa trilha. Seguia.
Manuel Zelaya, amigo recente de Hugo Chávez, foi deposto após suas investidas contra a constituição do país que não permite reeleições e nem plebiscitos em ano eleitoral. O verdadeiro golpista em Honduras era Zelaya e não os que o afastaram do poder. Estes erraram no modus operandi, ao deportá-lo do país a toque de caixa. Zelaya deveria ter sido afastado do cargo e processado.
A despeito disso e de toda pressão internacional, o comportamento dos hondurenhos foi exemplar. Os militares não assumiram o poder, quem conduziu o país foi o líder do Legislativo, o civil Roberto Michelleti, que desde sempre disse que sua missão era conduzir o país ao processo eleitoral em Novembro. Dito e feito. Tivesse o Brasil feito a mesma coisa após a derrubada de Jango em 64, nossa História teria sido diferente e, quiçá, estaríamos melhores.
Ocupou parte do noticiário também o recente artigo “Os filhos do Brasil” (Folha de São Paulo, 27/11/09) de César Benjamin, ex-preso político e ex-integrante do PT. César Benjamin narrou em seu texto sobre uma reunião na campanha presidencial de 1994 na qual Lula descreveu sobre os 31 dias em que ficara preso em 1980 e onde ele tentara subjugar sexualmente um outro preso, ao qual se referiu como “menino do MEP”, por ser integrante de um grupo chamado Movimento pela Emancipação do Proletariado. Para a decepção de Lula, o “menino do MEP” resistiu às suas investidas com socos e cotoveladas.
Eu sabia há muito tempo que o atual chefe do Executivo não é um poço de virtudes, mas chegar a tamanho mau-caratismo me surpreendeu. Lula numa entrevista à revista Playboy em 1979 deu a entender que começou a vida sexual com práticas de zoofilia, algo tosco mas bem menos grave do que o narrado no artigo de César Benjamin.
Escatologias à parte o que fica de lição é isso. Há líderes populares, ou populistas, que almejam chegar ao poder absoluto se proclamando representantes do povo, mas o real desejo deles é fazer com a nação a mesma coisa que Lula queria fazer com “o menino do MEP”.
Novo blog!
Para quê? Para nada. Para uns burocratas classistas de m... ficarem fazendo jantarzinhos inúteis e viagenzinhas com nossa grana.
Pronto Dado, divulguei o blog. Ops, o link vai abaixo.
http://www.edumarcondesvet.blogspot.com/
domingo, 29 de novembro de 2009
Petralhas, tremei!
Aqui está ele. O Belzebu, o cão chupando manga, a dor de cotovelo do Lulla: FHC.
Falando sério agora, presto mais um serviço de utilidade pública, mérito da revista VEJA on-line na verdade. Uma entrevista em 15 partes com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Como vocês já devem ter notado estou preguiçoso pra caramba e não quero ficar escrevendo muito. É mais fácil vocês acessarem a entrevista e o que o entrevistador Augusto Nunes escreveu nos comentários dele.
Só pra não passar muito batido vou comentar umas coisas:
1- CONTROLE DA INFLAÇÃO
Na parte 1 eles falam sobre o controle da inflação, comentam algo sobre gastos públicos, etc, mas como sempre não é explicitado que a inflação é derivada de impressão de papel-moeda do governo que por um desequilíbrio de fluxo de caixa, apela pra este ardil pra se sustentar.
Contudo, em 4:10 da segunda parte da entrevista, FHC fala claramente que antes o governo emitia dinheiro pra cobrir seus gastos e que aquilo não podia ser mais realizado, tanto que eles fizeram a Lei da Responsabilidade Fiscal para coibir o gasto desmesurado.
2 - A POSTURA DO PT QUANDO OPOSIÇÃO
Esta foi ótima. O PT votou contra tudo que beneficiou o país. Foi contra o plano Real, contra a lei de Responsabilidade Fiscal, contra os programas assistenciais, TUDO, O PT FOI CONTRA TUDO QUE HOJE BENEFICIA O PAÍS.
FHC narra a preocupação de José Dirceu e Lula com o plano Real, mais ou menos com essas palavras (cito de cabeça):
FHC: "Eles tinham medo que o plano desse certo e que com isso o PT perdesse as próximas eleições. Era uma preocupação eleitoreira."
Augusto Nunes: "Para eles era quanto pior, melhor."
Trocando em miúdos: os petistas são um bando de fdp que só pensam neles mesmos.
A entrevista é impecável, FHC desmonta os pretensos argumentos ideológicos e outras tantas coisas. Assistam.
ps: link para os comentários do Augusto Nunes
http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/secao/o-pais-quer-saber/
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Eis a entrevista
Está aí a primeira parte da entrevista com o RA. Quem quiser assistir está nos links a parte 2 e 3. Como eu havia dito no programa do Jô não dá pra aprofundar muito em algumas questões, ficou algo assim mezzo a mezzo.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Aos navegantes...que têm parabólica
Falei para os que têm parabólica pois aqui no MS fica melhor de assistir programas que passam tarde, só que atualmente tem que ser pela parabólica pois daí ganha-se uma hora em relaçao ao horário de Brasília. Exemplo: o programa do Jô vai começar por volta das 11 horas da noite na parabólica e na TV aberta só inicia pela meia-noite. Isso só vale para nós daqui do MS.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
A vaca sagrada do reino vegetal

A mesma coisa deveria se aplicar às árvores que se fazem presentes nas pastagens e em algumas lavouras do país. Quero abordar mais especificamente aqui o caso da substituição das áreas de pastagens pela cultura da cana-de-açúcar ou simplesmente das pastagens que possuem árvores em seu meio.
A legislação brasileira traz uma grande burocracia para derrubada de uma árvore e isto se dá tanto no meio urbano quanto no rural. Há algum problema na derrubada de uma árvore? Para mim não há, desde que outra seja plantada em substituição àquela que foi cortada.
A atual legislação empurra para uma situação de perde-perde, ou seja, tanto o meio ambiente perde quanto o setor produtivo também. O que vem ocorrendo é o seguinte:
1- Os proprietários ou empresas mediante a burocracia preferem derrubar estas árvores escondidos e dar fim à madeira, ou seja, em geral não a aproveitam, o que poderia gerar renda para a economia local, mediante o uso da madeira para lenha ou para cercas, etc.
2- Estas árvores dispersas não ajudam em muita coisa o ambiente para a fauna, mais eficiente seria se estivessem plantadas continuamente, em reservas. De quebra, se um proprietário resolve ao invés de derrubar uma árvore madura apta ao corte, comprar madeira numa madeireira, poderá estar aumentando a pressão sob a própria floresta amazônica, pois é de lá que ainda vem boa parte da madeira de lei usada no país.
Há ainda um aspecto de entendimento de propriedade privada. As áreas de reserva legal e de preservação permanente poderiam sim ser submetidas à um crivo de impedimento de uso, mas de maneira nenhuma as demais áreas da propriedade. Ou seja, se um proprietário quiser cortar quantas árvores quiser na área da propriedade que está desobstruída para uso, deveria ser livre para fazer isso.
Maior bem ao meio ambiente e ao planeta fariam os ambientalistas se atentassem para a implantação de curvas de nível e para o manejo de pastagem que impedisse a degradação da mesma e concomitantemente do solo. Ou então que viabilizassem viveiros de mudas para serem plantadas nas fazendas.
O Brasil foi um dos países que menos desmatou no mundo. Segundo dados da EMBRAPA a Europa, sem a Rússia, detinha mais de 7% das florestas do planeta e hoje tem apenas 0,1%. A África possuía quase 11% e agora tem 3,4%. A Ásia que já deteve 23,6% das florestas mundiais, agora possui 5,5% e segue desmatando. O Brasil que possuía 9,8% , hoje possui 28,3% da área florestal do globo. Isto a despeito de toda a imagem de desmatador que o país enfrenta atualmente.
Nossa legislação ambiental precisa de alterações, sem dúvida. Ao pé da letra não deveriam ser plantadas bananas nos morros do litoral paulista, nem café em Minas, nem criar gado no Pantanal. Arroz no brejo então, negativo. Quem mais perde com a manutenção da lei atual é o cidadão comum, consumidor de alimentos.
Para pecuária, a arborização é benéfica, mas isto não pode se tornar um impeditivo para a mudança da atividade para outros tipos de cultura, seja de grãos ou da cana. Penso que tornar o replantio de árvores algo lucrativo seria a melhor maneira de se perpetuar a existência das mesmas. Embora a produção de celulose, lenha e madeira para construção civil venha se baseando em espécies como eucalipto e pinus, algumas outras espécies nativas também poderiam ser utilizadas, em especial para o setor moveleiro.
Mas meu intuito, repito, refere-se às árvores que estão em meio às pastagens. Como poderia se proceder a manutenção de espécies vegetais e desburocratizar a implantação de novas atividades agrícolas?
Penso que haveria mais de uma forma: A primeira é simplesmente desonerar o produtor rural disto, desde que ele tenha sua reserva legal e APP`s (Área de Preservação Permanente) devidamente preservadas.
A segunda seria que simplesmente para cada árvore a ser cortada, que se plantasse um número maior de árvores em outra localidade da propriedade. Poderiam ser 3, 5 ou mais árvores plantadas – para cada cortada - adjacentes à área de APP, ou em locais escolhidos pelo proprietário.
Uma outra forma é a de se plantar árvore nenhuma, mas o produtor adquirir créditos de plantio de alguma reflorestadora idônea, que se capitalizaria para sua atividade e que no futuro revertesse este crédito para o adquirente. O proprietário rural seria como um acionista da empresa, mas ele pagaria para esta empresa plantar as árvores que deveriam ter sido repostas na sua propriedade e no prazo estipulado (5, 10 ou 20 anos) recuperaria seu dinheiro em porcentagem do que seria o corte daquela árvore que ele pagou para ser plantada.
As reflorestadoras poderiam ser tanto as de eucalipto e pinus, mas que tivessem os devidos cuidados ambientais; ou de empresas madeireiras que procedem um manejo sustentável na Amazônia (sim, elas existem).
Também se houvesse maior facilidade em se utilizar madeira, mesmo que não morta e desvitalizada, que é o que a legislação permite nas áreas de reserva, seria mais fácil ocorrer o plantio de árvores, pois haveria o pensamento de que alguém da família do proprietário viesse a se beneficiar daquilo. Afinal as madeiras de lei demoram praticamente mais de 30 anos para terem um porte que justifique seu corte.
Enfim, não vou tentar esgotar as alternativas para questão. Acho que elas são várias e que necessitam de diálogo entre governo, produtores, ambientalistas e reflorestadoras. Tratar uma árvore como uma vaca sagrada é uma burrice que muitas vezes apenas dá margem para um fiscalismo ineficiente quando não corrupto. Mais do que preservá-las, temos que cultivá-las e para isso acontecer o melhor incentivo é o econômico.
Ainda o Muro e seus personagens


segunda-feira, 9 de novembro de 2009
20 anos da queda II - O preço da Liberdade é a eterna vigilância

Voltando às nomenclaturas; também temos por aqui nossas inversões dos sentidos das palavras. O ministério do Desenvolvimento Agrário, deveria se chamar Ministério do Subdesenvolvimento Agrário, haja visto a equivocada reforma agrária que ao insistir num modelo de produção obsoleto e inviável, só faz produzir mais pobreza no campo e de quebra também na cidade que tem que arcar com os impostos que financiam tal devaneio.

20 anos da queda!
Vejam bem o vídeo acima, trata-se de Ronald Reagan em 1987 discursando em frente aos portões de Brandenburgo, os portões do muro de Berlim. Dois anos depois cairia o muro da vergonha. Reagan foi um dos grandes responsáveis pela queda do comunismo. Não há como não se emocionar com suas palavras:
"Mr. Gorbachev, open this gate;
Mr. Gorbachev, TEAR DOWN THIS WALL!"
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Kaiowás, não! Caiuás.
Ora, os índios eram ágrafos, eles não haviam desenvolvido a escrita, então suponho que esta grafia vem sendo implantada pelos brancos indigenistas. Porque usar o “k” e o “w”, que não fazem parte do alfabeto português, seria só para complicar? Penso que provavelmente são levados por dois aspectos nesse “desaportuguesamento” da palavra.
1-Uma tentativa de tratar os índios como um povo muito diferente. O “k” e o “w” então estariam cumprindo a missão de deixar este povo como não-brasileiros, não-integrados, ou algo do tipo.
2 – Um simples estrangeirismo. O “k” e o “w” fazem parte do alfabeto anglo-saxão, de forma que os indigenistas sempre tão ligados com ONG’s estrangeiras aproximariam mais os índios destes povos. É mais fácil para um gringo ler e pronunciar “kaiowas” do que “caiuás”.
Qualquer que seja o motivo trata-se de uma grande bobeira. Parece realmente que é algo só para complicar. Os índios falam português, se alfabetizam em português, garanto que se pedirem para eles mesmo se denominarem irão escrever “caiuás”.
Outras etnias, pelas letras da palavra, não puderam ser vítimas dos militantes-estrangeiristas. Guaranis, terenas, guatós, etc. Se bem que já li “Kayapó” ao invés de “Caiapó”.
A imprensa engoliu o “kaiowás” dos militantes, só tenho lido esta grafia na mídia. Mas eu não, escreverei sempre “caiuás”. Os índios são cidadãos brasileiros e como brasileiros devem ser tratados e denominados.
ps: Meu amigo Mário me alertou para o fato de que as letras "k", "w" e "y" estão agora fazendo parte do nosso alfabeto. Tudo bem, até acho justo, eu mesmo tenho um "y" em um dos meus nomes; e o que dizer dos nossos Wellingtons, Wanderleis (ou leys), Kátias, etc
Mas continuo pensando que os militantes indigenistas só querem dar um complicada no nome das etnias para dar um toque de separação, de diferente, ou seja, trata-se de uma babaquice e frescura.
Ah, Mário, também acho que esta reforma ortográfica tirando os acentos diferenciais, em especial o agudo, ficou uma bosta.
Como agem os mentirosos
Tão simples, tão claro de demonstrar que isto é uma idiotice, mas não ouvi nenhum representante rural responder esta bazófia, ou “entortamento” da realidade. Se eles não fazem, faço eu.
Mato Grosso do Sul tem 357 mil km2, algo como 35, 7 milhões de hectares. Mato Grosso possui 903 mil km2, ou 90 milhões de hectares. Cerca de 20% de Mato Grosso é área indígena, ou seja, 180 mil km2 ou 18 milhões de hectares. De forma que restam no estado 720 mil km2 ou 72 milhões de hectares.
Então observamos que Mato Grosso do Sul possui área total de 357 mil km 2 e Mato Grosso possui, descontando a área de reserva indígena, 720 mil km 2, ou seja, mais do que o dobro. É por esta razão que quando se pegam os números absolutos, Mato Grosso possui produção de grãos maior que o Mato Grosso do Sul. Sem falar que a maior parte do Pantanal, área inviável para produção de grãos, está no Mato Grosso do Sul.
Se dividirem o Mato Grosso na sua área que é produtiva e na área que é reserva indígena, aí sim teria-se o retrato fiel do que cada um representa em termos de renda gerada. Sem sombra de dúvida a pujança da produção do Mato Grosso é devida aos 80% da área que não se constitui como reserva indígena. Observamos então como os militantes usam dados de produção que existem graças à produtores contra...produtores!
O total da população indígena brasileira é díspare, mas fica entre 350 a 700 mil pessoas, a depender da fonte. A área indígena no Brasil é de cerca de 110 mil km 2. Ou seja, eles são entre 0,2 a 0,4% da população e detém cerca de 12,5% do território nacional.
Vamos à algumas perguntas e respostas básicas:
Os indígenas daqui têm menos terra do que os do norte do país? Sim, tem.
Por quê? Porque não lutaram na guerra do Paraguai e ficaram preteridos na posse da terra, se dependesse dos seus ancestrais aqui nem seria Brasil.
De toda forma se deram melhor do que os índios de outras regiões que foram colonizadas anteriormente. Estes tiveram que se mudar totalmente da região onde se encontravam ou se integrar de vez na sociedade não-índia.
Quando os militantes dizem que os índios daqui têm problemas pela falta de terra, ora, seria muito simples, bastaria realocá-los para outras áreas indígenas do país. Muitas dessas áreas são inabitadas na verdade. E se seguirmos a lógica deles, estas terras aqui não se prestam mais para a manutenção indígena, pois já não se constituem mais de matas e sim de lavouras e pastagens.
Os índios não enfrentam problemas por falta de terras, mas por falta de uma integração harmoniosa na sociedade. São problemas de emprego e renda, problemas comuns às camadas pobres da nossa sociedade. Os suicídios como eu já disse, tem um fundamento moral, oriundos de uma baixo-estima.
Pior quando dizem que há um etnocídio em curso. Ou seja os militantes não querem que os indígenas se integrem, eles são adeptos de um regime de apartheid social. Eu, como já exemplifiquei uma vez, devo ter cometido então um luso-etnocídio. Os nipo-descendentes que não falarem japonês ou mantiverem as vestimentas dos ancestrais são responsáveis por um nipo-etnocídio. Casamento interracial (se é que existem raças) então nem pensar.
Os militantes, no teor do seu pensamento, se aproximam da eugenia, um dos pilares do nazismo. Curiosamente também seguem a máxima de Goebbels que disse “Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”. Aqui não!
terça-feira, 20 de outubro de 2009
A História Soviética - repassem
Este ano em Bonito (acreditem, em pleno Carnaval) vi um aluno de Ciências Sociais lendo um livro de Marx e Engels. Ao interpelá-lo sobre o conteúdo, ele disse que a tentativa dos autores era "humanizar o capitalismo". Ao falar sobre as coisas que já tratei aqui ele se surpreendeu. Posteriormente mandei uns e-books para ele, mas não sei se leu, não falamos mais.
Abaixo vai novamente uma parte do documentário "A História Soviética". Ele foi retirado da Internet tempos atrás, provavelmente será de novo. Por favor, em memória das mais de 100 milhões de pessoas mortas pelo comunismo gostaria que salvassem no computador (eu não sei fazer isso) ou repassassem a quantos for possível.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
A dialética da mentira - I

Uns migraram para o ecologismo radical, condenando qualquer avanço que remetesse ao capitalismo. São os ecologistas melancias, verdes por fora e vermelhos por dentro. Já outros elegeram o indigenismo como novo fator de luta de classes (aqui seria de etnias). Estes também tiveram algum outro embasamento teórico, considero o relativismo cultural e a aversão ao que chamam de etnocentrismo como principais.
Contudo, estas pessoas usam um mesmo ardil que já datava de bem antes, desde quando o papai Marx manipulou os dados dos Blue Books ingleses, escrevendo sua empulhação denominada “O Capital”. Este ardil é baseado na mentira, na manipulação de fatos (alardeando alguns e omitindo outros), no tendencialismo e na insistência em se repetir slogans que sejam aceitos como verdade ao passar do tempo, criando-se mitos.
Como já dizia Lênin: “Os fins justificam os meios”. Então se for pra contar umas mentiras que ajudem no “Um outro mundo é possível.”, está tudo bem.
Juntamente com as falácias, a desqualificação dos debatedores que se contrapõem a eles também é algo sistemático. Fundamentam isto em algo chamado de polilogismo, no qual se diz que as opiniões emitidas são baseadas na classe social ou grupo de interesse do debatedor em questão.
Foi o que fizeram os marxistas quando contrapostos em suas teorias. Em 1922, Ludwig von Mises já havia exposto a impossibilidade do cálculo de preços no socialismo de cunho marxista, por ele tentar ignorar a lei da oferta e da procura. A conseqüência mais imediata seria a escassez de produtos. O sistema socialista só se manteria se usasse a força e a coação. Foi exatamente o que ocorreu nos países do bloco soviético.
Contudo, os marxistas nunca partiram para um debate sincero com Mises, nunca refutaram seus argumentos, apenas disseram que ele estava a serviço da burguesia.
Dessa forma, eu que mesmo não tendo terras nas áreas a serem estudadas e nem prestando serviço naquela região, para eles emito opiniões por ser “membro da elite dominante” ou um “serviçal dos interesses dos proprietários rurais”. Ou seja, o foco não se dá nos argumentos, mas sim nas pessoas que os declaram.
O polilogismo além de ser burro, antidemocrático e de notória má-fé ao não se dar ênfase nos argumentos em si com o uso da razão como juíza dos fatos, mostrou-se altamente contraditório em se tratando dos próprios teóricos socialistas. Estes muito pouco tinham a ver com as camadas populares da sociedade, mas um caso modelar foi o de Engels. O alemão era um rico industrial, mas escreveu em prol do comunismo, sendo um dos autores do “Manifesto Comunista” e também mantenedor de Marx por longos anos.
Engels era um capitalista na prática e um comunista nas opiniões. O polilogismo é uma falácia.
Antes de enunciar as falácias, vou só reforçar algo. Para quem conhece como pensam as pessoas a que me refiro, é simples de se perceber a correlação de “atores”, mas talvez para a maioria das pessoas estas informações que estou dando são devaneios. Então vou ser bem didático:
Nesse teatrinho todo, os produtores rurais representam a burguesia rural, o agronegócio é a versão do capitalismo no campo, as fazendas são os meios de produção privados, os índios são os oprimidos ou alijados do sistema.
O sistema capitalista com produção especializada (carne, milho, soja, leite) é simplesmente chamado de monocultura, como se isso fosse algo intrinsecamente ruim, e deveria ser substituído por outros modos de produção, provavelmente mais coletivistas e sem o advento da propriedade privada. O antigo modo de vida indígena, na mente destas pessoas, seria algo isento dos males do capitalismo, e próximo de um idílico sistema comunal natural.
Também há a simples aversão aos produtores rurais, ou seja, o objetivo na verdade não é melhorar de fato a vida dos índios, mas sim infligir perdas aos produtores. Os índios são o meio, ou a desculpa para se fazer isso.
Além do marxismo, no caso do indigenismo houve ainda a contribuição de alguns elementos da Antropologia, os já citados relativismo cultural e o conceito de etnocentrismo. Ambos não são completamente equivocados, mas podem levar ao erro se radicalizados. Ainda houve o coquetel ideológico da Teologia da Libertação que orientou tanto o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) quanto a Comissão Pastoral da Terra (CPT).
Basicamente é importante entender que os que são visceralmente contra os produtores rurais, são governados por um conjunto de idéias errôneas no âmago, mas que conseguem passar uma lógica até certo ponto plausível (embora enganosa) e que contém forte apelo emocional.
Agora sim as falácias: Para referendar seu ponto de vista e conquistar a opinião pública para atingir seus objetivos, repetem-se afirmações que a princípio não parecem ser tão falsas, mas como alguém já disse: “meias-verdades são também meias-mentiras”. Há três afirmações exclamadas ad nauseum pelos militantes indigenistas e que espero colocar em debate.
São elas: O confinamento indígena, o genocídio indígena e a dívida histórica para com os indígenas.
Comento-os em próximo artigo.
A dialética da mentira - II

Em artigo posterior elenquei três afirmações comumente repetidas pelos militantes indigenistas e que tentam gerar um sentimento de culpa na sociedade.
Antes de comentá-las vou reforçar algo: sem dúvida nenhuma há um problema envolvendo os indígenas da região sul do estado, mas ele deve ser resolvido racionalmente e sem mistificações.
Dito isto, vamos às três afirmações citadas, juntamente com os devidos comentários.
1. Confinamento indígena:
Se os índios de fato não pudessem sair das aldeias eu também diria que eles estão confinados. Mas não é o que ocorre. Os índios podem entrar e sair das aldeias à vontade, como cidadãos brasileiros que são. Andam pela cidade, muitos trabalham, estudam, etc. Seria o mesmo que dizer que moradores de um condomínio de casas ou apartamentos estão confinados.
Mais de 13% do país se constitui como reserva indígena, isso para uma população muito menor do que a não-índia. Sem falar que nas reservas apenas a policia federal tem autorização de entrar. Com uma população maior e uma área relativamente menor possível de ocupação, paradoxalmente os não-índios estão mais confinados que os índios.
Os índios da região sul do estado gozam de menos terra do que outras etnias do país. Isto se explica pelo fato de que as terras de fronteira, ou de todo MS, tiveram sua colonização incentivada em vista do término da guerra do Paraguai, com a finalidade de garantir a soberania brasileira na região. Isto é histórico, sempre que um país quer garantir a posse sobre um território, ele incentiva a ocupação pelos seus habitantes.
Como os guaranis não tomaram partido naquela guerra, eles ficaram de fato preteridos na posse da terra. É bom que se diga: se dependesse dos guaranis, aquelas terras pertenceriam ao Paraguai. Não os julgo por isso, mas é um fato.
Se houve uma injustiça no passado, ao não se destinar áreas maiores para os índios, ela não será corrigida mediante mais injustiças no presente. A maioria dos atuais proprietários pagou pela terra, e o que a FUNAI planeja (ou planejava) fazer não tem outro nome senão expropriação. Também os descendentes dos pioneiros que tiveram coragem para enfrentar as dificuldades do antigo sul do Mato Grosso não podem ser tratados como invasores, pois são famílias que estão há mais de cem anos no local.
De toda forma, o termo “confinamento indígena”, na acepção do significado, é errôneo.
2- Genocídio indígena:
Eles dizem que há um genocídio pelo elevado número de suicídios e assassinatos nas aldeias e também pela alta mortalidade infantil. Mas há também uma elevada taxa de natalidade entre os índios. Aí os militantes se calam. A verdade é que há um crescimento vegetativo acentuado nas populações indígenas, descaracterizando completamente o termo “genocídio”.
Haviam aldeias como a Jaguapirú, extremamente próxima a Dourados, que contavam com 400 pessoas no inicio de sua formação e hoje possuem mais de 11 mil. Isto se deu tanto pelo alto crescimento vegetativo dos moradores quanto pela vinda de indígenas de outras regiões, que sabem das vantagens em se morar perto dos recursos da cidade. A felicidade idílica da mata só existe na cabeça de alguns românticos.
A grande beleza da questão indígena é tê-la para resolver. Há países que não tem esta questão, porque, estes sim, praticaram genocídio. Foi o caso da Argentina e Nova Zelândia. Nos EUA também houveram conflitos bem maiores. O início da colonização portuguesa no Brasil também foi conturbada.
Eu insisto em dizer, mesmo com percalços o contato entre índios e não-índios no atual Mato Grosso do Sul foi um dos mais pacíficos da história da Humanidade. E espero que, para nosso orgulho, continue assim sendo.
Os suicídios cessarão quando os índios resgatarem sua auto-estima. Os assassinatos cessarão quando houver segurança para os bons indígenas e punição para os maus elementos. A mortalidade infantil cessará com educação familiar e emancipação econômica.
3- Dívida histórica para com os indígenas:
Aqueles que de fato pensam que os índios estariam melhores caso não tivessem tido contato com o não-índio deveriam ponderar bem como era a vida dos antigos indígenas.
Os índios andavam nús e descalços pelas matas. Faziam suas necessidades em ambiente aberto. Comiam os animais que conseguiam caçar, macacos, pacas, capivaras, em geral sem nem retirar os pêlos, assando o animal por inteiro num braseiro. A agricultura era rudimentar e de subsistência. Tinham parcos utensílios no dia-a-dia. Eram essencialmente coletores. Não tinham desenvolvido a escrita.
Qual era a expectativa de vida do homem antes de domesticar animais para alimentação e de uma agricultura menos rudimentar? Acho que menos de 40 anos.
Seriam fortes e bem nutridos? Havia sal na sua alimentação? A mortalidade infantil seria menor que a de hoje? Desconfio que as respostas para isso sejam todas negativas.
Quanto cobraríamos pelos royalties da luz elétrica, das vacinas, antibióticos (ou vocês acreditam que os índios não adoeciam?), roupas, alimentos empacotados, água encanada, chuveiro, vaso sanitário (por que não?), fogão, geladeira, etc?
Vou dizer quanto: nada. Não devemos cobrar nada. Assim como os índios não podem nos cobrar nada.
A Humanidade só evoluiu com as trocas voluntárias propiciadas pelas sociedades abertas. Praticamente todos os povos do mundo em algum momento da história tiveram enfrentamentos e atritos. Se cada um ficar com picuinhas, cobrando “dívidas” dos outros, entraremos numa espiral de acusações e animosidade improducente.
Ainda, como lembra Waren Dean, em seu livro "A Ferro e Fogo - A história da Floresta Atlântica do Brasil" (Editora Companhia das Letras, 1994), tanto os tupis como os guaranis foram tribos que faziam poucos séculos, na época em que os portugueses descobriram o Brasil, que invadiram a região e desalojaram outras tribos indígenas, cuja história perdeu-se na poeira dos tempos.
“Guarani” significa “guerreiro”. Notamos aí como o mito do bom selvagem é uma balela completa. Não obstante o fato de que havia escravagismo também entre os índios. Os guaicurus, por exemplo, eram uma tribo que submetiam outros índios à escravidão.
Por isso sou tão categórico em não me render a romantizações e nem vitimizações para com os indígenas. Mas defendo totalmente a sua igualdade perante as leis e espero que de fato sejamos uma sociedade aberta para eles.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Liberdade na estrada, os cavaleiros do Apocalipse e a extinção dos dinossauros

domingo, 27 de setembro de 2009
O rio Taquari e seu custo de recuperação

Há um rio no Mato Grosso do Sul que foi enterrado vivo. É uma expressão um pouco mais poética para o que é tecnicamente chamado de “assoreamento”. O rio Taquari era um dos mais piscosos do estado, fazendo parte da bacia do rio Paraguai. Hoje se pode andar por cima dele, a lâmina d’água é de poucos centímetros, com grandes bancos de areia na sua extensão. Praticamente não existem mais peixes para se pescar. Houve locais em que o rio saiu completamente da sua calha, inundando hectares de pastagens.
Muito tem se falado neste problema, nestes quase 30 anos de assoreamento, mas houve uma falta de foco objetivo na questão. Há uma proposta recente, ela pode ser viável, mas temo que despenda um elevado montante de dinheiro público. Segundo o senador Delcídio do Amaral, serão 54 milhões de reais apenas para uma parte do programa.
Farei aqui uma sugestão alternativa, praticamente sem ônus para os cofres públicos, mas primeiramente vamos entender o que levou o assoreamento do rio:
Na década de 70 os pecuaristas começaram a implantar a braquiária, um capim que proporcionava três vezes mais lotação animal do que o capim nativo, basicamente constituído de cerrado. Em algumas áreas implantou-se primeiro lavouras, em geral de soja, e depois a braquiária; em outras áreas menos aptas para agricultura procedeu-se a substituição direta pelo novo capim.
Pois bem, como os produtores de então eram um tanto desconhecedores no manejo de solo e de pastagem, cometeram alguns erros crassos. São eles:
1º Não respeitaram a mata ciliar, desmatando até o leito do rio ou muito próximo dele. Isto em muitos casos foi procedido pelos arrendatários ou pelos prestadores de serviço que queria fazer mais horas-máquina.
2º Não fizeram curvas de nível a contento.
3º Manejaram mal a pastagem, que abaixou demais, deixando o solo mais descoberto e suscetível a ação da água da chuva.
4º Para piorar o gado continuava a beber água no rio, desbarrancando as margens. Anteriormente também bebiam, mas em pontos específicos e a mata ciliar protegia de se ocorrer maior desbarrancamento.
Tudo isto e em conjunto com a estrutura de solo da região que é extremamente arenoso, acabou levando toneladas de areia para dentro do rio pela ação das chuvas.
Qual a grande dificuldade para não se resolver o problema? O custo de recuperação da mata ciliar. Simplesmente aplicar multas não resolve a questão. Elas vão para a caixa-preta estatal sumindo na sua correta destinação que seria a recuperação ecológica. Penalizar produtores já descapitalizados não vai melhorar o ambiente ecológico.
Qual a proposta de ação então? Um plano integrado de manejo tendo como mola mestre empresas de reflorestamento, preferencialmente de eucalipto, mas que também plantariam espécies nativas nas barrancas do rio. Estas empresas seriam arrendatárias da área, e o dinheiro que pagariam como renda ao dono da terra, seria permutado pela recuperação da mata ciliar, afinal elas sabem plantar árvores em grande escala, os pecuaristas muito pouco e o governo muito menos ainda.
O ideal era que se abandonasse a pecuária naquelas terras, e isto por um bom tempo. Os produtores viveriam do capital do gado vendido e da renda que sobraria do eucalipto, descontado da área a ser recuperada.
Mas vamos supor que alguns proprietários não quisessem deixar de ter seu gado e nem perder área de pecuária. O viável neste caso era que as empresas agissem exclusivamente na mata ciliar, em um primeiro momento plantando até eucalipto nestas áreas (para isso teria que se adequar a legislação que atualmente não permite isso), sendo que aos poucos iria se substituindo o eucalipto pelas espécies nativas.
Então vamos passo-a-passo:
1. Proporcionar aguadas fora do rio para os animais, podem ser constituídas de poços artesianos, moinhos de vento, ou rodas d`água onde for possível. Pode haver financiamentos facilitados para os pecuaristas procederem isto.
2. Fazer curvas de nível conforme o terreno necessitar.
3. Treinamento de produtores para que as pastagens sejam manejadas sempre deixando-se uma altura mínima de cobertura (ao redor de 30 cm), ou seja, não pode haver “pasto rapado”.
Importante:
4. Delimitar a área de mata ciliar. Por exemplo: 100 metros. No primeiro ciclo de plantio (em torno de 7 anos), as empresas plantariam 10 metros do rio de árvores nativas, e os 90 metros restantes de eucalipto. Assim seria feito sucessivamente, até que se completasse os 100 metros de mata ciliar. Lógico que estes valores estão estimados e que deveriam ser determinados pela empresa, juntamente com agentes do meio ambiente e os proprietários.
Provavelmente quando se tiver pouca área de eucalipto e mais de mata ciliar o custo para a empresa seja proibitivo. Neste caso há que se ver a possibilidade de mesclar na mesma área, árvores nativas e eucalipto. Tenho certeza que as partes envolvidas com diálogo e moderação, deixando certas amarras da legislação de lado, cumprirão o objetivo de recuperar a mata ciliar.
Com o tempo o rio recuperará sua calha, para isto acontecer ele não pode mais receber areia do solo. Pode se estudar a possibilidade de areeiras trabalharem na região, retirando a areia do que virá a se tornar a calha do rio.
A recuperação do rio tem que ser economicamente viável, se não for, sempre será difícil realizá-la, e não há incentivo melhor do que o econômico para isso.
O senador Delcídio do Amaral revelou presteza e boa vontade em se resolver a questão. Mas acontece que os pagadores de impostos não devem arcar com um ônus que não é deles. 54 milhões é uma soma considerável, e ela é apenas inicial.
Quanto se gastaria ao final do projeto? 100, 200 milhões? Não sei. O pior é que ainda poderia se gastar o dinheiro público e a obra em algum momento ficar parada como já aconteceu em muitos investimentos estatais.
Este valor que o senador Delcídio já viabilizou em Brasília poderia ser usado na melhoria das condições locais, no financiamento aos produtores, em melhorias de estradas, em postos de saúde, em escolas, creches, etc.
Volto a insistir: o rio Taquari pode ser recuperado sem que se gaste vultosas somas de dinheiro público. Basta vontade e bom senso para isso.
sábado, 26 de setembro de 2009
Petista não perde a chance de falar m...
Só explicando antes que o André é maluco mesmo. Eles coletaram outras frases dele, todas de baixo calão. Esqueceram uma que ele falou pra polícia daqui não desperdiçar bala, que era pra atirar nos bandidos mesmo. Aquela foi boa também.
Acontece que ele passa do ponto nas declarações. Além disso não é o político que a "direita" gostaria de ter, pelo menos não essa que eu conheço na Internet. O André geralmente aumenta impostos como o PT e outros fazem, só que ele administra melhor a coisa. Graças a ele nunca tivemos o PT no comando da prefeitura local, Campo Grande tornou-se outra cidade após sua administraçao na década de 90 e que continuou bem administrada pelo seu sucessor.
Aliás o atual prefeito foi pros EUA a convite dos americanos para palestrar sobre qualidade de vida urbana, ou algo assim. Campo Grande não tem favelas e apresenta bons índices nessas questões urbanas. Pensa que legal.
Se o FHC tivesse feito um bom segundo mandato nunca teríamos que aturar esta turma do PT no governo, mas eles tinham que assumir o comando só pra ficar claro pra todos quão podres são.
Mas o que o Delcídio falou? Leiam:
"...Ele é símbolo de uma elite arrogante e preconceituosa de Mato Grosso do Sul que, felizmente, já está em extinção", diz o senador Delcídio Amaral, do PT.
http://arquivoetc.blogspot.com/2009/09/grosseria-do-governador-de-mato-grosso.html
Pô, que babaquice do Delcídio. Elite arrogante e preconceituosa do MS. Primeiro que o André nem é daqui. Nascido na Itália, formou-se em medicina no Paraná, clinicou no interior do estado e pelo seu dinamismo foi apadrinhado pelo finado senador Ramez Tebet que incentivou o então médico, pelo espírito de liderança, a entrar na política.
Arrogante ele até pode ser um pouco mesmo, mas preconceituoso também não acho que seja o caso. O fato é que ele é doido e muitas vezes destemperado, mas o que ele falou do Minc foi algo como conversa de bar, só que pegou mal, a VEJA destaca que não se deve brincar com estupro, um crime hediondo.
Eu diria que uma elite que está em extinção é a do Pedro Pedrossian, que governou Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, sendo uma cópia do que é, ou foi, o Paulo Maluf em São Paulo.
Outra elite que deveria acabar é a dos burgueses do capital alheio, sindicalistas que se transformaram em latifundiários após um tempo na política e que agora almejam novo pleito. Quem é daqui sabe de quem falo.
De toda forma acho que o André vai maneirar a boca agora. É até melhor.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Esse é meu governador!
André fez críticas ao ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, autor do ZAE (Zoneamento Agroecológico da Cana) que veta o uso da BAP para usinas e lavouras de cana.
Na manhã de hoje, ao comentar as críticas do ministro e a a polêmica sobre os projetos, André declarou que o ministro "é viado e fuma maconha".
Mais adiante, ao saber que Minc não participaria da Meia-Maratona Internacional do Pantanal que será realizada no dia 11 de outubro, disse, em tom de brincadeira que o "o alcançaria e estupraria em praça pública".
A propósito das declarações do governador, a assessoria do governo diz que as referências foram feitas em tom de brincadeira e sem o propósito de ofensa ao ministro.
http://www.midiamax.com.br/view.php?mat_id=557632
Comento:
Quem me conhece sabe que eu sempre disse que o André é doido mesmo. Uma vez ele saiu na porrada com um militante petista que ficava no terminal Morenão panfletando contra a administração municipal dele.
As coisas foram ditas em tom de brincadeira mas podem ser levadas a mal. Agora, que foi engraçado pra caralho isso foi.
domingo, 20 de setembro de 2009
A destruição criadora

A luz elétrica substituindo as velas, máquinas de escrever sendo substituídas por computadores, carros no lugar das carroças, mostram o progresso através dessa destruição criadora.
Embora ela sirva melhor à sociedade, pois visa atender a demanda da população em geral, a destruição criadora vai sempre ter oposição dos que foram por ela tolhidos. Os donos das máquinas Olivetti não devem ter ficado contentes com o advento do computador, pois seu negócio inviabilizou-se quando seu produto tornou-se obsoleto.
Ainda no século 19 apareceram os “quebradores de máquinas” que destruíam as máquinas que, segundo eles, estavam roubando seus empregos. Para os olhos menos atentos aquilo parecia ser verdade, mas o que estava acontecendo é que a Revolução Industrial estava permitindo uma produção em massa que barateou e popularizou vários bens de consumo, pelo processo de produção ser mais eficiente. Os quebradores de máquinas tiveram que se adaptar a novas funções.
As máquinas na verdade propiciaram que muitos serviços insalubres ou cansativos deixassem de ter que ser realizados por pessoas. A colheita mecanizada da cana-de-açúcar é um paradigma que enfrentamos. Muito melhor para os trabalhadores seria que ao invés de serem bóias-frias sob sol escaldante, trabalhassem em fábricas e outros setores da cadeia produtiva que não demandasse tanto esforço físico e que já ocasionou até mortes.
Pois bem, dito isto, gostaria de voltar à nossa questão indígena.
Parte dos indígenas brasileiros ainda está em um processo de “destruição criativa”. O seu antigo modo de vida, que era o que toda a Humanidade possuía há uns 5 mil anos atrás, foi confrontado com um modo de vida que, sem sombra de dúvida, é mais eficiente para manutenção da espécie.
Vamos comparar: nossos índios não haviam domesticado nenhum animal, procediam uma agricultura de subsistência rudimentar e não possuíam nem uma escrita, ou seja, eram ágrafos, os registros se davam apenas por meio da tradição oral.
Isto não é problema nenhum, não há demérito para os índios de forma alguma. A Humanidade só evoluiu graças às trocas voluntárias ocorridas entre as diversas culturas, propiciadas pelas sociedades abertas. Todo nosso conhecimento e tecnologia foram obtidos pelos diferentes povos do mundo e por sua livre disseminação.
Quando os índios americanos viram os recém-chegados andando a cavalo não se questionaram se aquilo era algo “contra a cultura deles”. Eles apenas perceberam que era melhor do que percorrer longas distâncias a pé e também aprenderam a cavalgar nos animais.
Mas como eu disse, há sempre os que são tolhidos por essa destruição criadora. Os caçadores não são mais demandados, o alimento pode ser obtido ao se gerar algum valor mediante trabalho e que vai ser ressarcido por um elemento comum para trocas: o dinheiro. A tribo não precisa mais se deslocar atrás de alimento, etc.
A ruptura do modo de vida coletor e nômade gerou uma inércia dos que não se adaptaram ao novo sistema. É este ponto onde quero chegar: os movimentos sociais focam demais neste problema. Sim, é um problema real, a pobreza de boa parte de nossos indígenas. Levantam as mais diferentes bandeiras, colocando-os como vítimas de um sistema. Na verdade fazem o que fazem no mundo inteiro: alardeiam o mal, mas vendem falsos remédios para eles.
Estes pseudo-humanistas pedem uma volta ao passado, apelam para uma tal “dívida histórica”, sem, contudo, se ater nas dificuldades que os índios passavam quando eram coletores. Podiam pelo menos tentar viver dependendo de caça e pesca, andando nús, descalços e com parcos utensílios que ajudassem no dia-a-dia, para provar que os índios estavam de fato melhores no passado.
Tais quais os quebradores de máquinas do século 19, a melhor opção para os índios é a adaptação às atuais condições de vida que nos cerca.
Falar que o índio é um vagabundo, é uma mentira, é um preconceito. Os que falam isto não agüentariam meio dia de sol quente com um facão na mão cortando cana como os índios fazem. Acontece que trabalho não é só esforço físico, mas, sobretudo, organização, persistência e planejamento. E boa parte dos índios tem pecado nesse quesito.
O eletricista do meu carro é de origem terena. Conheci exímios campeiros também de origem indígena. Aliás, meu pai dizia que um bisavô dele havia se casado com uma índia. O Brasil é mestiço, é bobagem fazer uma separação obtusa de raças. Volto ao ponto: a solução para os problemas indígenas não é a simples ampliação de terras, mas sim uma integração harmoniosa na sociedade brasileira.
As novas gerações indígenas têm papel fundamental nisso. A educação e o investimento em capital humano são primordiais. Os índios podem ser médicos, professores, advogados, empresários, agricultores, mão-de-obra qualificada, o que quiserem ser, desde que as condições sejam proporcionadas e que realmente se esforcem e tenham méritos para isso.
Temos então duas opções: a adaptação à destruição criadora de Schumpeter, que promoveu o desenvolvimento da sociedade; ou a luta de classes de Marx, transfigurada em luta de etnias, que até hoje promoveu só mais injustiças e derramamento de sangue, mas que é a preferida pelos citados pseudo-humanistas.
Qual é a melhor opção?
Preservação ilusória

Primeiramente gostaria de dizer que meu texto não é “neocapitalista” (!?), “oligárquico” e “positivista”, como ele classificou, relacionando com os comentários sobre uma matéria da jornalista Jacqueline Lopes do site Midiamax. Não vou me ater sobre isso; tenho um suporte teórico sim, mas tento escrever sempre escorado no bom senso, que julgo ser o mais importante.
Em momento nenhum falei que os costumes indígenas deveriam ser extintos. Falei que o antigo modo de vida ou sistema de produção indígena foi confrontado com um sistema mais eficiente. O porquê está exposto naquele texto.
Schumpeter utilizou a expressão “destruição criadora” em sistemas de produção regidos pela economia de mercado. A ausência de mecanismos ou incentivos para esta destruição criadora nas economias planificadas socialistas do século 20, foi uma das muitas causas para o fracasso do socialismo em todo lugar do mundo onde ele foi posto em prática.
Esta expressão da Economia foi transposta para a questão indígena, salvo engano, pelo professor e filósofo Denis Rosenfield. Eu apenas discorri mais sobre o assunto.
O professor Hermano cita que os costumes indígenas devem ser preservados a exemplo das múmias dos faraós, do coliseu de Roma, das grandes navegações do passado, etc. Ora professor, me desculpe, mas penso que o sr. comparou alhos com bugalhos ou, pior ainda, mostrou sua verdadeira face de “preservacionista cultural”.
Para explicar melhor isso e como eu não podia escrever melhor do que a fonte, transcrevo dois parágrafos do livro “Uma Luz na Escuridão” de Rodrigo Constantino:
“O filósofo Kwame Anthony Apiah chama de preservacionistas culturais aquelas pessoas com bom padrão de vida, geralmente de algum país ocidental, que olham para as culturas diferentes e exóticas como algo interessante, bonito e que deveriam ser mantidas para sempre da mesma forma. Ainda segundo Thomas Sowell, tal visão é uma afetação que algumas pessoas podem se dar ao luxo de ter enquanto estão usufruindo de todos os frutos da tecnologia moderna.
Mas como disse Anthony Apiah: “Uma cultura só tem valor se é boa para o indivíduo”. Manter uma visão coletivista em detrimento da livre escolha de cada pessoa, em certos casos beira o desumano.”
Não se trata de querer doutrinar os índios, ou proceder algo parecido, como por vezes aconteceu no passado. Quem deve decidir o que deve ser mantido ou não da sua cultura são os próprios índios, e não eu ou o professor Hermano. Tampouco se trata de simplesmente desprezar o que é antigo, de maneira nenhuma, mas apenas de optar pelo que cada pessoa considerar melhor ou mais conveniente.
A propósito, comparar as múmias dos faraós com os antigos costumes indígenas, como fez o professor Hermano, já demonstra que certas coisas devem ficar no passado mesmo.
E vamos ser francos, os índios já não mantém muitos dos seus antigos costumes, e isto não é nada mais do que normal. Eu que tenho o sobrenome “Oliveira” de uma parte e “Pereira” de outra, talvez devesse dançar fado, comer bacalhau rotineiramente, usar bigode, abrir uma padaria e, o que é pior, torcer pelo Vasco da Gama para manter os costumes dos meus antepassados remotos, mas isto nem de perto passa por minha cabeça.
Indo um pouco mais longe: imaginem se em nome de tal preservacionismo cultural tenhamos que defender o infanticídio perpetrado por algumas tribos brasileiras; ou pedir um retorno do canibalismo dos tupinambás, ou mesmo dos sacrifícios humanos dos astecas.
Os índios já não andam mais nús, eles assistem TV, utilizam a Internet (acessem o blog dos jovens indígenas de Dourados: www.ajindo.blogspot.com), usam fogão e geladeira, têm celulares, moram em casas de alvenaria, têm água encanada, enfim, é uma piada de mau gosto querer que eles voltem a um modo de vida de cinco mil anos atrás.
Julgar que o índio não deve se integrar na sociedade é que é um preconceito de nossos indigenistas. Ao fazer isto estaria se outorgando que os índios não têm capacidade de serem o que quiserem ser (médicos, professores, advogados, etc), mas que apenas deveriam viver eternamente num modo de vida coletor-extrativista, ou seja, primitivo.
Praticamente todos os anos vou ao Bon Odori, a festa típica japonesa. Também já fui à Oktoberfest dos alemães e todo ano participo de nossas festas juninas. Eu penso que todas remetem aos costumes e à antiga cultura dos respectivos antepassados. A cultura indígena, para mim, não deve diferir disso, ou mesmo do nosso churrasco com mandioca ou do tereré que também foi influência indígena.
Querer mais do que isso é tentar, inutilmente, manter os índios num museu a céu aberto.
Obs: O Hermano bem que podia ser o Tomatinho do desenho abaixo. Eu não sou o Fudêncio porque não fico vendendo bugiganga pros índios.
Carne, a grande vilã
Ai minha picanha, minha ponta de costela, lá vem eles de novo.
Não sei qual a acurácia desse dado que ela colocou, se for igual a história de que um quilo de carne para ser produzido consome 15 mil litros de água, então dá licença, é uma mentira, é uma besteraiada pura.
Vamos fazer uma conta simples da recria nesse caso dos 15 mil litros de água:
Engorda média anual: 120 quilos de peso vivo = 62,5 quilos de carcaça = 48 quilos de carne
Consumo médio de água anual: 35 litros dia = 12775 litros ano
Portanto: 12775 litros/ 48 quilos de carne= 266 litros pra cada quilo de carne produzida.
Isto sem falar na reciclagem de água pela urina, transpiração, excrementos, etc. Quem chamou atenção pra esta reciclagem foi o Xico Graziano, se depender dos representantes de classe - da CNA que arrecada milhões anuais dos produtores - a carne, a soja e todos os produtos rurais podem ser vilipendiados à vontade. A falta de um midia watch nesse caso é de dar nojo.
Eu tenho com meus botões que esta história de 20% do efeito estufa advir da pecuária ser um dado muito do tendencioso.
De toda forma a mulher falou em reduzir o consumo de carne. Eu pergunto: Reduzir pra quanto? Nestas minhas pesquisas internéticas me deparei com o preconizado em 100 a 150 gramas diário de carne ser o ideal pra atender as exigências de proteínas, minerais, etc. Isto daria um consumo de 36,5 a 55 quilos de carne por pessoa/ano. Eu como muito mais que isso, mas tem gente que não come e no texto abaixo ficou patente a necessidade e importância da carne para nossa saúde.
O que acontece é que a pecuária, pelas suas caracteristícas, é uma atividade desbravadora, então os verdinhos detestam ela, assim como os vermelhinhos detestam os produtores rurais. Pronto! Juntou a fome com a vontade de comer.
Falando em fome, eu vou comer carne em dobro só de raiva daquela mulher falar asneira.
ps: Qual minha proposta nesse caso em que a verdinha com certeza está condenando a pecuária por achar que ela destrói florestas, etc? É a de se melhorar a produtividade em áreas que já são de pecuária, e há muita margem pra isso, o governo vem atrapalhando um pouco com a reforma agrária, afinal a produtividade deles é um lixo, mas dá pra melhorar entre 20 a 50% da produção de carne sem mexer num palmo de floresta.
domingo, 13 de setembro de 2009
Capitalismo e carne vermelha

Caros leitores e quanto ao capitalismo, ou seja qual for o nome do sistema econômico que vivemos, quem não ouviu pilhas de acusações? Um sistema injusto, opressor, desigual, etc. Também havia a formação de opinião maniqueísta e implícita de que o capitalismo era “do mal”, coisa de pessoas dinheiristas e egoístas.
Pois bem, não é fácil destruir inúmeras falácias em poucas linhas, mas pelo menos algumas informações relevantes podem ser fornecidas, e uma ligação entre capitalismo e carne vermelha pode ser realizada. Vamos primeiro à carne vermelha, esta fonte nobre de proteínas, aminoácidos, vitaminas e minerais, e que é tão vilipendiada. Quando e como a espécie humana começou a consumir carne?
Há cerca de 2,8 milhões de anos, produziu-se uma mudança climática que, no hemisfério norte, se traduziu num avanço do gelo e, na África equatorial e tropical, por uma redução do bosque e um avanço da savana. Muitos especialistas relacionam estas mudanças com o desaparecimento dos últimos Australopithecus e o aparecimento dos novos gêneros: Paranthropus e Homo. Estes novos gêneros estariam adaptados a este novo ecossistema, porém com soluções diferentes.
O gênero Homo escolheu uma dieta onívora, ou seja, além de vegetais, consumia carne. Já o gênero Paranthropus escolheu uma dieta vegetariana, continuando com a mesma dieta dos seus antecessores, porém mais especializada, com a inclusão de vegetais mais fibrosos, típicos da savana.
Ao optar por isso, os Paranthropus, precisaram ganhar uma mastigação “pesada". Para ter uma mandíbula eficaz para uma alimentação vegetariana foi necessário abrir mão do crescimento da caixa craniana e consequentemente do cérebro que não podia ser muito grande devido a pressão exercida pelas mandíbulas e dentes adaptados para mastigação contínua de vegetais altamente fibrosos.
Também não é de se admirar que a baixa quantidade de proteínas de boa biodisponibilidade da dieta dificultassem o desenvolvimento cerebral.
Resultado: os Paranthropus se extinguiram com o passar das gerações. A falta de adaptabilidade à outras mudanças do ambiente e a pouca inteligência foram cruciais para isso.
Já o gênero Homo que optou por uma dieta mais diversificada com a inclusão da carne, favorecendo o desenvolvimento cerebral e a diminuição do tamanho do trato gastro-intestinal, prosperou e evoluiu até atingir o atual estágio em que estamos, o de Homo sapiens sapiens.
Diversos estudos mostram a correlação entre o Ferro e o Zinco na capacidade de cognição, ou seja, na inteligência. A carne vermelha é uma das fontes mais ricas e que apresentam maior biodisponibilidade nesses dois minerais.
Um trabalho com 544 garotos realizado ao longo de dois anos por cientistas do Serviço de Pesquisa Agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos concluiu o seguinte: aquelas que comiam carne vermelha cresciam mais e apresentavam melhor desempenho escolar quando comparadas com a meninada vegetariana.
O consumo de carne, como vimos, foi primordial na evolução de nossa espécie e ainda é fundamental no bom desenvolvimento dos indivíduos.
A carne vermelha, entretanto, é especialmente mais mal-vista, ou difamada, do que a carne branca. Qual a razão da coloração avermelhada? Devido ao maior índice de mioglobina contida nela. A mioglobina é uma proteína que serve como reserva de oxigênio, e que possui Ferro na sua estrutura molecular.
A carne é vermelha essencialmente por isso. Ou seja, é mais nutritiva.
Já quanto ao capitalismo emprestarei as palavras de Ludwig von Mises, no seu livro “As seis lições”, ao responder um hipotético anticapitalista: “Sabe que a população deste planeta é hoje 10 vezes superior que nos períodos precedentes ao capitalismo?Sabe que os homens hoje usufruem de uma padrão de vida mais elevado que os de seus ancestrais antes do advento do capitalismo? Sua mera existência é uma prova do êxito do capitalismo.”
Realmente, a humanidade experimentou uma explosão populacional após a Revolução Industrial. A produção em massa visando atender a demanda, seja qual ela fosse (alimentos, vestuário, medicamentos, bens de consumo, etc), propiciou a multiplicação da população mundial.
Já o sistema que pretendia combater o capitalismo, com apregoadas intenções humanistas, foi a maior máquina de matar pessoas já vista na face da Terra. Citando este que vos escreve: “A pobreza não está no capitalismo. Mas na ausência ou no nível de desenvolvimento deste.”. Os melhores países do mundo são os mais capitalistas. Eles não devem ser criticados, mas imitados.
Curiosamente foi a partir de alguns meios acadêmicos que tanto a carne vermelha quanto o capitalismo foram combatidos. Médicos e nutricionistas (com honrosas exceções, é claro) contra a carne vermelha. Sociólogos e afins contra o capitalismo. É uma batalha de estudiosos com altas doses de tendencialismo e, às vezes, má-fé, contra a natureza das pessoas comuns. Sim, o capitalismo, assim como o consumo de carne, fazem parte (graças a Deus) da natureza humana. Por isso chegamos até onde estamos.
Evolução da espécie. Multiplicação da espécie. Prosperidade da espécie. Não é pouca coisa. Que tal um churrasco para comemorar?
Marionetes de Marx

No seu artigo “Neoliberalismo e a crise” publicado recentemente pelo jornal Correio do Estado de Campo Grande - MS, o professor Hajime T. Nozaki discorre sobre a dita doutrina e a atual conjuntura mundial. Aliás, não existe “neoliberalismo”, mas sim o liberalismo fundamentado nas mesmas idéias de Adam Smith. Farei algumas observações ao citado artigo.
Friedrich Hayek realmente escreveu sua obra-prima “O Caminho da Servidão” em 1944. Contudo, o livro não se constitui num manual de como seria a doutrina liberal no campo político-econômico, mas foca mais nos fundamentos teóricos coletivistas que levaram à formação do nacional-socialismo (nazismo), fascismo e do comunismo. Hayek também não poupou críticas ao keynesianismo, representado pelo Welfare State.
O colapso dos sistemas totalitários comunistas foi bem prenunciado por Ludwig von Mises, pela incapacidade de tais sistemas gerarem preços reais e factíveis para a Economia, daí a escassez generalizada que havia em tais países. Mas é a Hayek que é atribuído o apontamento para a maior causa da ruína dos países que adotaram os modelos marxistas-leninistas: a ausência de liberdade individual.
É simplesmente um erro ligar “O Caminho da Servidão” com a atual crise mundial, como fez o professor Hajime. Como já disse, o citado livro não é um manual, mas sim um alerta sobre o processo de perda da liberdade individual; e também porque esta crise econômica não é advinda do liberalismo.
Se o professor leu um outro liberal, Milton Friedman, da escola de Chicago, vai saber que a crise de 29 não foi causada pelo livre mercado, da mesma forma que a atual, ao contrário do que muitos papagueiam, não é.
Algumas obras recentes já demonstram as impressões digitais do governo na atual crise, mas em especial gosto de assistir no youtube alguns vídeos que trazem o médico e político Ron Paul explicitando que os juros artificialmente baixos exercidos pelo FED, entre outras coisas, desembocariam numa crise. O vídeo é de 2005. Num mesmo link há um vídeo de Ron Paul de 1983 também anunciando uma futura crise em decorrência da política econômica governamental. A crise veio em 1987.
Ah, sim, Ron Paul tem um quadro com a imagem de Hayek no seu escritório. E mais também, Ron Paul é quase uma voz solitária no partido Republicano. O seu antigo partido, o Libertário, que é realmente calcado nos ideais liberais, não tem representatividade política relevante.
Há aí um outro ponto importante: é simplesmente falso que o “neoliberalismo” seja hegemônico, como disse o professor Hajime. Se fosse, os países ricos não fariam subsídio agrícola e nem praticariam um proteccionismo de mercado em desfavor dos nossos produtos. Há uma lista de coisas as quais os liberais são contra e que se fazem presente na Economia mundial.
Ainda no seu artigo o professor Hajime afirma sobre o “neoliberalismo”:
“...a sua aplicação tem levado os trabalhadores às duras penas.”
Grande equívoco. As menores taxas de desemprego do mundo estão nos países que adotaram medidas liberais. O Chile que foi citado pelo professor Hajime, é um exemplo na América Latina. Sugiro que o professor Hajime procure o índice Heritage de Liberdade Econômica. A correlação entre liberdade econômica e menor índice de desemprego é notória.
“... o neoliberalismo trouxe um aprofundamento da desigualdade e da miséria no mundo inteiro.”
Agora vou usar as palavras corretas: isto é mais uma MENTIRA, uma MENTIRA que é usada compulsivamente por uma leva, ou turba de pseudo-intelectuais.
As idéias liberais do século 19 contribuíram para derrubada de algo que acompanhou a Humanidade por milênios: a escravidão. As idéias liberais no século 20 serviram de contraponto aos sistemas totalitaristas e quando postas em prática deram o empurrão final nas combalidas repúblicas comunistas. No final do século 20 e início do século 21 assistimos milhões de pessoas saindo da pobreza generalizada graças ao capitalismo referendado pelas idéias liberais.
O professor Hajime ainda cita a África como se lá fosse um lugar que tenha a ver com “neoliberalismo”. Não há nada mais distante do liberalismo do que a África. Peço novamente que ele consulte o índice Heritage. Os últimos países do citado índice são os poucos países comunistas que persistem no mundo, como Cuba e Coréia do Norte, e a maioria dos países africanos. Aliás, a famélica Zimbábue do ditador comunista Robert Mugabe, por acaso é “neoliberal”?
Incomoda-me o fato de apontarem tantas “crises” no capitalismo, sem eu nunca ter os ouvido apontarem alguma crise nos países socialistas, mesmo com as pessoas arriscando as vidas para saírem deles. Incomoda-me falarem que o “neoliberalismo” trouxe a miséria, sem nunca falar que o marxismo tem a ver com as mais de 100 milhões de mortes do comunismo e que mesmo Hitler apenas copiou seus campos de concentração dos Gulags soviéticos.
O professor Hajime não está sozinho, sua coleção de equívocos é repetida por gente teoricamente gabaritada, Emires Sáderes e Marilenes Chauís da vida, e reproduzem-se em salas de aulas tanto de ensino universitário quanto de ensino médio, deformando opiniões.
Para quem tiver interesse, “O Caminho da Servidão” e outras obras do gênero podem ser obtidas gratuitamente para download neste endereço: http://www.ordemlivre.org/ebooks
Eu ponho-me a disposição do professor Hajime para um debate. Meu e-mail está logo abaixo. Aliás, desafio ele e qualquer outro que tenha opiniões semelhantes. Como disse Mises: “Idéias, e apenas idéias, podem iluminar a escuridão”.
Obs: O artigo original saiu com o título de "Os macacos Marx". Como acho que fui um pouco grosseiro, mudei o título. Mas já havia encontrado a foto do macaquinho de óculos e que achei muito simpático, então é ela que ilustra o texto.